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EntrarPorto, as faces de um clássico intemporal
Quando, por ordem do Marquês de Pombal, foi em 1756 feita a delimitação geográfica da região vitivinícola do Douro e criado o seu modelo legal, tornando-a assim a mais antiga denominação de origem do mundo, já há centenas de anos que ali se produziam vinhos exportados para mercados conhecedores, que avidamente os buscavam e consumiam. Não era ainda, exactamente, o vinho do Porto que hoje conhecemos, mas as bases estavam todas lá. A começar por um território único e extraordinário, propício como poucos para a elaboração de vinhos de excelência. O vinho do Porto tem, entre outras notáveis características, a capacidade singular de, partindo da mesma origem, e através de diferentes processos de vinificação, lotes e envelhecimento, conduzir a perfis de vinho muito distintos, correspondendo a outras tantas categorias. Pode ser feito de uvas brancas ou tintas e assumir uma vasta paleta de cores e teores de doçura. Pode ser ruby ou tawny. Pode, consoante o envelhecimento, posicionar-se em diversos degraus na hierarquia: Reserva, 10, 20, 30 ou mais de 40 anos. Quando possui data de vindima no rótulo, pode ser um colheita, um LBV ou um vintage. Quando entendemos as muitas categorias de vinho do Porto e deciframos os seus mistérios, é um mundo maravilhoso que se abre, o mundo de um vinho clássico e intemporal. Nesta prova exclusiva do Portugal à Prova, provamos os vinhos Dalva Tawny 10 Anos, Kopke Colheita 2011, Warre’s LBV 2008 e Niepoort Vintage 2015.
- Prova por
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Manuel Carvalho
Jornal PÚBLICO
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