À descoberta dos terroirs de Lisboa

25 de abril de 2021
17:00

A região de Lisboa é um triunfo consolidado. Vasta na dimensão (estima-se que em exploração se encontrem cerca de 30.750 hectares de vinha) e em terroirs – dividida em nove sub-regiões DOC, de Carcavelos e Colares, mais a Sul, até Óbidos e Encosta de Aire a Norte –, tem vindo a potenciar como poucas o recente êxito português. O seu clima ameno, bastante fresco para a média nacional, sobretudo nas zonas costeiras, tem conduzido a uma aposta na produção de vinhos de perfil moderno, com acidez natural revigorante e clara marca atlântica. Mas a estas se juntam outras causas que explicam o sucesso. Por um lado, soube-se aproveitar a boa produção dos solos, por outro, a diversidade de castas permitidas em cada sub-região DOC levou à introdução de variedades que aqui encontraram uma segunda casa. Nos brancos temos a omnipresente Arinto, a tradicional Vital, mas também as francesas Chardonnay e Sauvignon Blanc, e as novas estrelas Alvarinho e Viosinho, cuja área de plantação não tem parado de crescer. Nos tintos, as tradicionais Castelão, Tinta Roriz e Tinta Miúda viram chegar Cadaloc, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet com bons resultados, Touriga Nacional e Syrah podem produzir óptima qualidade nos locais certos. Por fim, tem sido decisiva a chegada de novos players à região, recuperando ou concebendo de raiz de novos projectos, investimentos consideráveis que criam escala e se equipam de enorme profissionalismo, da viticultura à área comercial, passando pela adega. É desta matéria que se fazem as grandes regiões. Neste evento do Portugal à Prova, provamos os vinhos Troviscal Grande Reserva branco 2017, Quinta das Cerejeiras Grande Reserva tinto 2014 e Alma Vitis Cabernet Sauvignon Reserva tinto 2018.

  • Prova por
  • Alexandra Mendes

    Alexandra Mendes

    Coordenadora da Câmara de Provadores da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa

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