A nova Quinta do Gradil

A Quinta do Gradil já há vários anos que se confunde com o melhor que a região de Lisboa produz. Vinhos jovens, de qualidade impecável, óptima relação preço-qualidade, e com o bónus de se poder visitar a quinta a partir da capital com uma deslocação a Vilar (Cadaval), a pouco mais a meia hora de automóvel. Aliás, desde 2018 o património histórico tem vindo a ser recuperado e valorizado, passando pelo restauro do imperdível palácio amarelo, capela e espaços exteriores, num investimento significativo. As mais antigas referências escritas encontradas sobre a Quinta do Gradil remontam ao final do século XV, num documento régio de D. João II que data de 14 de Fevereiro de 1492 (a referência a esta data ilustra alguns dos novos e bonitos rótulos). A quinta manteve-se nas mãos dos Marqueses de Pombal ao longo de boa parte do século XX e já no presente século Tiago Correia, que coordena a enologia, tem levado os vinhos do Gradil a novos patamares. A par das variedades tradicionais, quatro uvas “de fora” têm brilhado muito alto: Sauvignon Blanc, que beneficia da frescura atlântica, Viosinho, que aqui mostra supreendente brilho, Tannat, numa das melhores interpretações da casta, e Alicante Bouschet, cheio de garra e carácter. Esta diversidade e modernidade são demonstração clara da vitalidade da região e da Quinta do Gradil, à imagem, de resto, do empreendedorismo de Luís Vieira, proprietário desde 1999 e com uma importante história familiar ligada ao comércio de vinho. Neste evento do Portugal à Prova, provamos os vinhos Quinta do Gradil 1492 branco 2019, Quinta do Gradil 1492 tinto 2019 e Quinta do Gradil Tannat tinto 2018.