Quem nasceu no mesmo ano que o espaço Schengen, não conheceu uma Europa de portas fechadas. Então eu cheguei ao jornalismo quando se considerava fechar fronteiras que nunca vi existirem. Entrei de inconformismo em punho no Jornal Universitário do Porto, onde fui editora de cultura e directora. Antes de acabar o curso de Ciências da Comunicação, pela Universidade do Porto, entrei na redacção do Jornalismo Porto Net e do PÚBLICO, para estagiar. Depois o telefone tocou: vinha para Lisboa, para a secção Local. Pouco depois, para a Sociedade. Então eu, que sou da geração que tanto rompeu os joelhos na terra como os dedos no computador, troco Felgueiras e o Porto por uma cidade onde a calçada me escorrega debaixo dos pés todos os dias.