Comecei a olhar para o mundo em casa dos meus avôs paternos. Havia um planisfério que eu e os meus irmãos nos divertíamos a esquadrinhar, procurando capitais e decifrando fronteiras. Era ainda o mundo da cortina de ferro, recheado de siglas “estranhas” como URSS ou RDA, que vivia então os seus últimos dias. Quando cheguei ao jornalismo, em 1999, as revoluções que mudaram o mapa europeu tinham já sido feitas, mas o mundo vivia então outra revolução, trazida pela Internet. Cresci como jornalista na secção de online (o Última Hora, entre nós), que dava então os primeiros passos, e foi de lá que assisti à mudança do mundo na primeira década do século. Em 2009, “dei o salto” para o Internacional. A Europa (sobretudo as ilhas britânicas) e o Médio Oriente são hoje as minhas “fronteiras” de eleição.