Música
Afonso Cabral estreia um novo original, gravado com o músico japonês Shugo Tokumaru
Chama-se Demorar, mas na verdade já não demora. O novo álbum a solo de Afonso Cabral (vocalista e letrista dos You Can’t Win, Charlie Brown) tem lançamento já marcado para 8 de Novembro e concerto de lançamento no Lux Frágil em 27 de Fevereiro de 2025, no qual terá ao seu lado António Vasconcelos Dias, David Santos, Inês Sousa, João Correia, Margarida Campelo e Pedro Branco. Enquanto tal não acontece, estreia-se esta sexta-feira mais um tema do novo álbum (depois de Indivisível, revelado em finais de Setembro), este numa parceria com o músico japonês Shugo Tokumaru: Confusão / ざわめき.
Porquê o Japão? Por reminiscências de infância, como explica o músico do texto que acompanha o lançamento: “O imaginário pop nipónico anda comigo desde que sou pequeno. Entrou primeiro pela TV com o Dragon Ball, os Cavaleiros do Zodíaco e o Oliver e Benji, e foi criando raízes mais fortes numa juventude que contava com as personagens de diversos Final Fantasy e os mundos do Hideo Kojima como companhia frequente.” Idas recentes ao Japão, com a banda de Bruno Pernadas, reavivaram-lhe o desejo de fazer qualquer coisa com um músico japonês. “O primeiro nome que me veio à cabeça foi Shugo Tokumaru, um artista que me foi mostrado pelo meu querido amigo e também ele muito talentoso Salvador Menezes, também conhecido pelo nome artístico Tipo. Lembro-me que foi em 2013. Apaixonei-me pelo vídeo criativo e milimétrico de Katachi, que se tornou viral (se essa expressão já existia) na altura. O fascínio manteve-se em 2016 com o álbum Toss, que ainda por cima contava, na bateria, com outro dos meus heróis talentosos, o Greg Saunier, dos Deerhoof”. Faltava-lhe só compor a canção adequada ao convite. “Assim que os primeiros acordes da Confusão começaram a soar, percebi que havia ali um casamento feliz a pedir para acontecer. Gravei uma maquete e fui à internet procurar um endereço email. Enchi-me de lata e escrevi ao muito talentoso Shugo Tokumaru, que ouço há 11 anos, a apresentar-me e a saber se queria escrever uma parte da música em japonês e cantá-la comigo. A resposta foi praticamente imediata e dizia sim.” E assim surgiu Confusão / ざわめき.
Nas gravações, com Afonso Cabral (voz, guitarra acústica, Omnichord, piano) e Shugo Tokumaru (voz), estiveram David Santos (baixo), João Correia (bateria), Pedro Branco (guitarra acústica e eléctrica), Francisca Cortesão (coros), Inês Sousa (coros, pandeireta), Margarida Campelo (coros) e Minji Kim (coros). O videoclipe é do Studio Sparks.