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Kamala Harris vs Donald Trump: o poder do carisma
O líder carismático pode alimentar paixão ou repulsa. No espectáculo da política, a intensidade das emoções predomina.
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A partir de meados do século XX, a palavra carisma instalou-se na imprensa norte-americana "como um sinónimo chique de charme, popular, sedutor, muito ligada à indústria do entretenimento e à cultura das celebridades", explica José Pedro Zúquete, investigador principal no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Marina Costa Lobo, directora do mesmo instituto, refere que "a televisão marca um antes e um depois da mediatização" das figuras políticas, em que a personalidade dos líderes se tornou num dos aspectos centrais na projecção dos partidos e das suas ideias. José Jorge Duarte, actor que dá formação a políticos, aponta a fragilidade como uma possível estratégia de aproximação entre candidatos e eleitorado.
O "pseudo-carisma" teve o seu início, em termos práticos, com a presidência de John F. Kennedy, nos Estados Unidos. O país pioneiro na evolução "para um caminho da política como entretenimento". Seis décadas depois, Donald Trump e Kamala Harris dividem o eleitorado numa das mais renhidas eleições presidenciais norte-americanas.
As entrevistas foram gravadas no espaço Brotéria.