Kirk: ventos atingiram 113 quilómetros por hora nos distritos de Coimbra e Bragança

Depressão extratropical gerou ventos fortes no Norte de Portugal, mas dentro do âmbito do aviso laranja, explica Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

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Estragos causados pelos ventos produzidos pela depressão extratropical Nelson Garrido
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Os ventos que fustigaram o Norte de Portugal na madrugada desta quarta-feira atingiram rajadas de 113 quilómetros por hora na Pampilhosa da Serra, distrito de Coimbra, e em Mogadouro, distrito de Bragança, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

“A rajada máxima que obtivemos na nossa rede de estações meteorológicas foi de 113 quilómetros por hora em Pampilhosa da Serra (5h30 locais) e Mogadouro (7h40 locais)”, disse ao PÚBLICO Maria João Frada, meteorologista do IPMA.

Os ventos foram causados pela ex-tempestade tropical Kirk, que na terça-feira já tinha passado a uma depressão extratropical. “Esta depressão estava bastante cavada quando atingiu o noroeste da Península Ibérica. Tinha uma pressão bastante baixa no seu centro, o que originou bastante vento”, adiantou a meteorologista.

Foram estas fortes rajadas que provocaram tantas ocorrências ao longo da manhã, como quedas de árvores, a maioria na região Norte. De qualquer forma, a velocidade daquelas rajadas esteve dentro do previsto. “São valores elevados dentro do âmbito do aviso laranja. Só se fossem superiores a 130 quilómetros por hora é que seriam aviso vermelho, o que não foi o caso”, aponta Maria João Frada.

Além do vento, houve períodos de chuva. Os valores mais elevados de precipitação foram registados nos distritos de Viana do Castelo, de Braga e na região oeste do distrito de Vila Real, onde ao fim de seis horas se acumularam 45 a 55 milímetros de água. “Não são valores extraordinários e foram bastante localizados. O Minho tem estes valores muitas vezes”, relativiza a especialista.

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