Centenas de leões-marinhos ocuparam a praia de San Carlos, em Monterey, na Califórnia (EUA), obrigando as autoridades a fechar a área aos transeuntes.
O local foi vedado com fitas onde se lê “cuidado”, mas várias pessoas continuam a visitar o local, movidas pelo espectáculo animal, e tiram fotografias aos leões-marinhos enquanto estes descansam e brincam na areia e na água.
Embora os leões-marinhos sejam frequentemente vistos em certas praias ao longo da costa da Califórnia, os residentes dizem que nunca viram tantos mamíferos marinhos reunidos em Monterey.
Lisa Uttal, bióloga marinha do Santuário Marinho Nacional da Baía de Monterey, disse que não se sabe exactamente porque é que os leões-marinhos escolheram a praia de San Carlos, mas podem ter sido atraídos pela rica diversidade de abastecimento alimentar do ecossistema. Praticamente todos os que se reuniram na praia eram machos, afirmou.
"Migram para cá, vindos de Ventura e das Ilhas do Canal [da Califórnia]... São itinerantes. Normalmente, andam à caça de comida e, como o Santuário Marinho Nacional da Baía de Monterey é muito prolífico, a produtividade é muito elevada", disse Uttal.
Espera-se que fiquem na praia de San Carlos durante três a quatro semanas, acredita a bióloga.
Marge Brigadier, voluntária do programa Bay Net do Santuário Marinho Nacional da Baía de Monterey, disse que os leões-marinhos são protegidos pela Lei de Protecção dos Mamíferos Marinhos dos EUA de 1972, que proíbe que se altere o comportamento dos leões-marinhos. Aproximar-se demasiado ou forçá-los a fugir é uma violação dessa lei.
"As pessoas só precisam de pensar como se sentiriam se estivessem na cama a dormir uma sesta e algo grande aparecesse e as expulsasse de casa", compara Brigadier.