Pelo menos onze pessoas morreram e uma está desaparecida na sequência das fortes chuvas registadas entre a noite de sábado e a madrugada de domingo no Rio de Janeiro e arredores da cidade. Um balanço anterior dava conta de sete mortos e um desaparecido, avançaram os bombeiros locais.
Um homem morreu na sequência de um deslizamento de terras e dois outros devido a descargas eléctricas, e o resto das vítimas ter-se-ão afogado, referiu o corpo de bombeiros do estado, notando a ocorrência de 230 incidentes relacionados com a chuva nas últimas 24 horas.
Uma mulher está desaparecida depois do veículo que conduzia ter caído no rio Botas na noite de sábado.
Embora a chuva tenha diminuído na tarde de domingo, o prefeito da segunda maior cidade do país, Eduardo Paes, decretou situação de emergência no município e aconselhou à população a evitar viajar e a permanecer em locais seguros.
"Não fiquem passando em áreas alagadas, coloca a sua vida em risco, atrapalha os agentes públicos", alertou o responsável, num vídeo publicado na rede social X.
O governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, lamentou as mortes e disse estar a trabalhar para evitar novas perdas.
Na manhã de domingo, o temporal obrigou ao encerramento de importantes vias de acesso à cidade, como a Avenida Brasil, e ao encerramento de algumas paragens de metro e autocarro, principalmente na zona norte da cidade.
Além disso, foram encerrados parques, devido ao perigo da queda de árvores, e cancelados os ensaios das escolas de samba que se preparam para o carnaval, que deverá atrair centenas de milhares de visitantes daqui a um mês.
As inundações também deixaram um hospital na zona norte sem energia eléctrica durante parte do dia, segundo as autoridades locais.
O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, conversou por telefone com os prefeitos da região e garantiu "todo o apoio" do Governo federal e assistência à população afectada, lê-se num comunicado da presidência.