Já se pode observar, no meio de bambus e na copa das árvores, uma nova cria de panda-vermelho no Jardim zoológico de Lisboa. O “filhote” tem seis meses e já foi visto a explorar o seu habitat com a progenitora.

Apesar destes mamíferos de pelo vermelho e riscas brancas serem comummente chamados de pandas, a verdade é que não são da mesma família. Os pandas-vermelhos (Ailurus fulgens) pertencem à família Ailuridae e são o seu único membro.

Estão divididos em duas subespécies, pandas-vermelhos dos Himalaias (Ailurus fulgens fulgens) e os pandas-vermelhos da China (A. Fulgens styani). O habitat natural destes pequenos mamíferos é entre florestas tropicais, nas copas das árvores e florestas de temperadas.

A degradação e fragmentação do habitat natural dos pandas-vermelhos, consequência das alterações climáticas e exploração humana, é uma das principais ameaças à sobrevivência da espécie. A caça e tráfico ilegal, assim como um curto e complexo período de reprodução (a fêmea só está receptiva uma vez por ano, num período de 12 a 36 horas), são também alguns dos motivos para a tendência decrescente desta população. Estima-se que existam menos de 10 mil exemplares deste mamífero na natureza.

Os pandas-vermelhos estão classificada como “Em Perigo” e constam na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Neste momento, a sobrevivência da espécie está, em grande parte, dependente dos esforços de jardins zoológicos.

Com uma cauda felpuda, pêlo de várias cores e um focinho caricato esta espécie conquistou inúmeros fãs por todo o mundo e são dos animais mais populares nos zoos. O pequenino panda-vermelho já passeia pelo seu habitat no Zoo de Lisboa e pode ser visitado.