Incêndios no Canadá já queimaram área equivalente a 5 milhões de campos de futebol

A área queimada é de 2,7 milhões de hectares, dez vezes mais do que o habitual. “É evidente que o Canadá está a sofrer o impacto das alterações climáticas”, constata o Governo.

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Avião de New Brunswick deixa cair uma mistura de água e retardador de fogo ao passar sobre o incêndio florestal em Barrington Lake, Nova Escócia, Alberta, Canadá Reuters/NOVA SCOTIA GOVERNMENT
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Seth Slauenwhite, bombeiro de Northfield, combate um foco de incêndio ao longo da auto-estrada 103 enquanto combate os incêndios florestais de Shelburne, no condado de Shelburne, Nova Escócia, Canadá, a 2 de Junho de 2023 Reuters/COMMUNICATIONS NOVA SCOTIA
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Kalen MacMullin, de Sydney, Nova Escócia, Canadá, trabalha no Complexo de Incêndios Florestais de Barrington. Imagem divulgada nas redes sociais a 1 de Junho de 2023 Reuters/NOVA SCOTIA GOVERNMENT
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Vista aérea do incêndio florestal no condado de Shelburne, Nova Escócia, Canadá, nesta imagem divulgada nas redes sociais a 31 de Maio de 2023 Reuters/NOVA SCOTIA GOVERNMENT
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O fumo sobe de um incêndio florestal, em Halifax, Nova Escócia, Canadá, a 28 de Maio de 2023 Reuters/Meenakshi Guchhait
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O fumo do incêndio de Tantallon eleva-se sobre as casas nas proximidades de Bedford, Nova Escócia, Canadá, a 28 de Maio de 2023 Reuters/ERIC MARTYN
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Os incêndios florestais no Canadá queimaram uma enorme extensão de terra e obrigaram milhares de pessoas a abandonar as suas casas, levando os bombeiros de todo o mundo a deslocarem-se a este país para ajudar a apagar as chamas.

A área queimada é de 2,7 milhões de hectares (6,7 milhões de acres), ou o equivalente a mais de 5 milhões de campos de futebol, confirmaram fontes do Governo aos jornalistas esta semana. É mais de 10 vezes a área média tipicamente queimada nesta altura do ano na última década.

Os incêndios estão a alastrar da costa Oeste à costa Leste da Colúmbia Britânica à Nova Escócia e mais de 28 mil canadianos tiveram de abandonar as suas casas.

"É evidente que o Canadá está a sofrer o impacto das alterações climáticas, incluindo incêndios florestais mais frequentes e mais extremos. Os canadianos estão a ver e a sentir pessoalmente os efeitos destes incêndios", afirmou o ministro dos Recursos Naturais, Jonathan Wilkinson.

O início invulgarmente precoce da época de incêndios florestais na nação setentrional colocou os funcionários federais em alerta máximo e suscitou receios de que os recursos de combate aos incêndios se esgotassem antes mesmo de o Verão começar oficialmente. Por isso, Wilkinson e os seus colegas ministros procuraram assegurar aos canadianos que estavam a preparar-se não só para um Verão longo, quente e seco, mas também para os impactos das alterações climáticas no futuro.

Centenas de bombeiros dos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia já chegaram ao Canadá para ajudar no esforço de contenção, enquanto cerca de 200 da África do Sul estão a caminho. As equipas mexicanas também deverão ser recrutadas em breve, segundo as autoridades.

Até agora, registaram-se mil incêndios este ano. Na passada quinta-feira, estavam ainda 200 fogos activos e 82 considerados fora de controlo.

Alberta, a principal província produtora de petróleo do Canadá, tem sido o local de alguns dos primeiros e maiores incêndios. Uma parte significativa da produção de petróleo e de gás teve de ser interrompida, mas a maior parte já foi retomada.

Os incêndios na província oriental da Nova Escócia são uma preocupação crescente para as autoridades, uma vez que cerca de 200 casas foram destruídas. Houve também incêndios em New Brunswick e a qualidade do ar foi afectada em Newfoundland, segundo as autoridades. Apesar de tudo, os impactos na indústria, incluindo a agricultura, a energia, os transportes e as telecomunicações, foram pouco significativos.