Leonardo Mathias, de fiel
salazarista a diplomata
exemplar da democracia
O pano caiu em Paris, cidade onde Leonardo Mathias se reformou. Diplomata toda a vida, serviu o Estado Novo e a democracia. “Não vejo contradição. Serve-se o Estado, não o regime”, diz Ramalho Eanes. A história do “filho do Mathias” que se tornou um exemplo após o 25 de Abril e o mais jovem “embaixador full rank” de que há memória.
A primeira vez que Leonardo Mathias quis deixar de ser diplomata, foi por uma razão prosaica: ganhar cinco vezes mais. Estava no Ministério dos Negócios Estrangeiros há uma década, tinha 30 anos, três filhos pequenos e recebia quatro contos por mês. Ir ganhar 20 na Sociedade Financeira Portuguesa, privada e acabada de nascer, era uma novidade e uma tentação.
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