Vídeo
Os makers não querem só tecnologia
Numa feira de invenções voltada para o futuro, encontrámos peças que Leonardo da Vinci gostaria de ter feito. Reportagem na Maker Faire, em Roma.
O que fazem peças de madeira numa feira de invenções que promete responder aos desafios do futuro? Perguntamos ao italiano Massimiliano Aiazzi, criador da La Bottega delle Idee, um dos projectos que se mostrou na sexta edição da Maker Faire, em Roma.
“Foi o trabalho de Leonardo da Vinci que me inspirou a criar estes objectos”, responde Massimiliano Aiazzi, criador da La Botrega delle Idee. Leonardo usava madeira nas suas invenções, Massimiliano – já distinguido em duas edições consecutivas da Maker Faire – junta-lhe a inovação digital.
Feitas com serra, as criações em madeira de Massimiliano, de linhas simples e baseadas nas leis da mecânica e da física, distinguem-se no meio de um pavilhão recheado de robôs, luzes LED e componentes eléctricos.
As peças de Massimiliano convidam a uma interacção que atrai as gerações mais novas – o público-alvo das criações. “Não sei porque venho a esta feira. Talvez para dar às crianças a oportunidade de jogarem com este tipo de brinquedos. Para mostrar que também se pode jogar com objectos não tecnológicos”, explica.
O espaço da La Bottega delle Idee é um dos pontos mais movimentados da Maker Faire Rome, que terminou no domingo. Mas há outros makers que cruzam o artesanato e a tecnologia digital.
“Hoje o artesão deve aprender a criar as peças, mas ao mesmo tempo contextualizá-las com um artesanato de 2018. E em 2025. Pode fazer-se o tradicional, mas devemos incluir as inovações no artesanato também”, acredita o professor do Instituto Técnico Rita Levi Montalcini, que criou um projecto com alunos que cruza o artesanato a ferramentos como o laser e as impressores 3D.
O PÚBLICO viajou a convite do Ministério da Economia de Itália e da Câmara de Comércio de Roma.