Para 800 urban sketchers, o Porto é um postal

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Até 21 de Julho, o Simpósio Internacional da Urban Sketchers leva ao Porto 800 desenhadores urbanos de todo o mundo que, de forma mais ou menos abstracta, com caneta ou aguarela, a preto e branco ou a cores, transpõem a cidade para papel. De olhos postos na paisagem, traços rápidos descrevem contornos que dão origem a formas. No desenho ao vivo, os urban sketchers procuram contar uma história e retratar o que a sua visão observa: os edifícios, os azulejos, as árvores, o rio, o casal que passeia o cão ou as ervas que crescem no muro de pedra.

Cada urban sketcher desenha a sua perspectiva sobre a cidade e nunca uma imagem é igual a outra, dando origem a mil e uma representações do mesmo local. Vários artistas preferem desenhar paisagens, a natureza e elementos arquitectónicos. “As pessoas são muito rápidas”, explica a pintora Celine Barrier. Tal como a francesa, Niki Groom prefere capturar o ambiente e não detalha muito a figura humana. “Sou ilustradora de moda, passo a vida a desenhar pessoas”, diz, a rir. Por esse motivo, quando desenha ao vivo troca “as pessoas coloridas” por “edifícios cinzentos”.

Através do olho crítico de cada um, durante estes dias o Porto é fragmentado em diversas ilustrações, explorado desenho a desenho. O Simpósio Internacional do grupo Urban Sketchers acontece até domingo, na Alfândega do Porto, onde vão ocorrer mais de uma centena de acções formativas e workshops.

No Instagram, onde muitos dos participantes partilham fotografias dos desenhos, é só seguir a hashtag #uskporto2018symposium.

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