A cadela Keite foi atropelada na A28 — o companheiro Boris não a deixou sozinha

O atropelamento terá acontecido às 6h de terça-feira, 17 de Dezembro, entre os nós de Vila Praia de Âncora e Dem. Os animais fugiram de casa na noite anterior e o cão já foi entregue ao tutor.

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A cadela foi atropelada de madrugada na A28 Associação Selva dos Animais Domésticos/Facebook
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Keite e Boris, dois cães com microchip que pertencem à mesma pessoa, foram encontrados ao início da manhã de terça-feira, 17 de Dezembro, na A28, no sentido Norte/Sul.

A cadela foi atropelada e encontrada morta no quilómetro 89, entre os nós de Vila Praia de Âncora e de Dem. Como mostram as imagens publicadas nas redes sociais, Boris estava ao lado do corpo, certificando-se que ninguém se aproximava.

A GNR de Viana do Castelo foi chamada ao local e teve de fechar a auto-estrada para conseguir retirar os dois animais. Dada a resistência do cão, a associação Selva dos Animais Domésticos esteve presente para facilitar o processo.

Karine Torres, vice-presidente da associação, recebeu uma chamada da concessionária da A28 por volta das 7h a informar que estavam dois cães na auto-estrada, um deles já morto, explica ao P3. O outro, recorda ter ouvido na conversa, “não deixava que ninguém se aproximasse”, estava agressivo e tentou morder um dos agentes.

“Quando cheguei ao local, o cão estava a proteger a cadela e rodeado de homens fardados, por isso, é normal que estivesse desconfiado. Mas foi fácil retirá-lo. Levei patê, atirei-lhe um pedaço e ele veio logo na minha direcção com a cauda a abanar. Pus-lhe a trela e ele entrou sozinho para a porta da carrinha. Estava exausto", afirma. O corpo da cadela foi retirado de seguida.

Segundo Karine Torres, Keite foi atropelada por volta das 6h, sendo que a concessionária alertou para o acidente com uma mensagem nos painéis da auto-estrada. Os dois cães terão fugido de casa dos donos que fica na freguesia de Carreço, em Viana do Castelo, na noite anterior. Os tutores já foram buscar Boris e o cadáver da cadela.

A vice-presidente acrescenta ainda não é a primeira vez que a associação é chamada para retirar cães que entraram nesta auto-estrada e vagueiam pelas faixas de rodagem. "Também não é a primeira vez que se corta a via para evitar que sejam atropelados. Na maioria dos casos, os animais não são muito sociáveis e a concessionária, como não tem meios para os retirar, contacta-nos", conclui.

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