UTAD cria e renova residências universitárias

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro contava já com duas residências universitárias, que irão também entrar em obras de requalificação.

Foto
A empreitada resulta num investimento superior a 18 milhões Adriano Miranda/ARQUIVO
Ouça este artigo
00:00
02:38

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) já deu início à construção, renovação e adaptação das suas residências universitárias. A academia transmontana contava já com duas, a residência de Codessais e a Além-Rio, que vão ser alvo de um processo de modernização. Além disso, adaptará uma estrutura existente para que possa acolher estudantes e criará uma outra nova na Quinta de Prados, localizada à entrada do campus universitário.

A empreitada resulta num investimento superior a 18 milhões, financiado em grande parte pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). As obras durarão cerca de 480 dias, após os quais ficarão renovadas as residências que já detinha, acrescentando-se a estas o antigo Centro Integrado de Formação de Professores (CIFOP), que passará a acolher alunos, ficando com uma capacidade para 250 pessoas. A residência de Codessais, que tinha já 114 camas, passará a ter mais 90, num total de 204. Na nova residência, na Quinta dos Prados, estão previstas 250 camas. O objectivo é colmatar a falta de alojamento que a cidade transmontana atravessa.

Ricardo Bento, pró-Reitor para o Planeamento, Território e Património, adianta ao PÚBLICO que, nas novas residências, dentro do campus universitário, vai ser criado um “sistema em que o aluno tenha, 24 sobre 24 horas, condições de desenvolver a sua actividade em pleno, lectiva ou não lectiva, dentro do campus”, uma vez que o estabelecimento será construído entre o complexo desportivo e a biblioteca.

O pró-Reitor destaca ainda o crescimento que a instituição transmontana tem assistido nos últimos anos, contando actualmente com cerca de nove mil alunos, o que implica a necessidade de se apostar na oferta de alojamento estudantil. Reforça que este esforço se enquadra na tentativa de reduzir o número de alunos que abandonam o ensino superior devido a incapacidades financeiras. O sucesso desta iniciativa “é sempre uma incógnita, porque não vamos conseguir responder a tudo, mas certamente será um grande alívio, uma vez que os preços serão de referência e não especulativos, acordados com o Governo, indexados ao apoio social”, salienta.

Os alunos que já tinham lugar garantido nas residências que vão agora entrar em obras foram avisados e encaminhados para o gabinete de Acção Social, de forma a obterem o complemento ao alojamento, uma ajuda para suportar as despesas de alojamento do sector privado, adiantou Ricardo Bento. Prevê-se que as obras estejam concluídas em Fevereiro de 2026. No fim destas, prevê-se que a UTAD tenha “capacidade para acolher cerca de 90 a 95% da procura potencial de alojamento”, afirma o pró-Reitor.

Texto editado por Ana Fernandes

Sugerir correcção
Comentar