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Sindicato da AIMA abandona reunião com chefe de gabinete. Exigia secretário de Estado
Reunião foi pedida há um mês e confirmada há 15 dias. Em cima da mesa estavam reivindicações dos funcionários da AIMA. O sindicato convocou em agosto uma greve contra horas extras até 31 de dezembro.
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Representantes da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) abandonaram, nesta quinta-feira (31/10), a reunião marcada com o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, na qual discutiriam as reivindicações dos funcionários da Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA). O motivo, segundo o sindicato, foi que, em vez de estar presente o secretário de Estado da Presidência, Paulo Lopes Marcelo, apareceu o chefe de gabinete dele.
Artur Sequeira, da FNSTFPS, explica o motivo do abandono da reunião: “O chefe de gabinete não tem capacidade de decisão política. Quem tem essa capacidade é o ministro e o secretário de Estado”. Ele relata que, como o pedido da reunião foi realizado há um mês e a confirmação veio há cerca de 15 dias, havia tempo para o secretário se programar.
Segundo o sindicalista, esta foi a segunda reunião marcada com o secretário de Estado em que aparece o chefe de gabinete dele. Da outra vez, a conversa se deu por completo. “Isso há dois meses”, diz.
A nova reunião foi pedida para que sindicado e Governo pudessem discutir o funcionamento da AIMA e as dificuldades que os seus trabalhadores enfrentam e que foram o motivo da greve contra as horas extraordinárias, iniciada em 22 de agosto último. “Todos os problemas continuam a existir, nada foi resolvido. Nem a estrutura de missão (novos centros de atendimento) está funcionando no seu todo”, ressalta.
Entre as reivindicações do sindicato estão mais funcionários para os postos de atendimento a imigrantes e melhores condições de trabalho. A AIMA acaba de completar um ano com mais de 400 mil processos pendentes, dificultando a vida de muitas famílias que foram empurradas para situações de vulnerabilidade devido à falta de documentos oficiais.
A FNSTFPS não tem uma contabilização de quantos funcionários aderiram à greve contra as horas extraordinárias. “Não é possível contabilizar. Os funcionários públicos têm a obrigação de fazer até 150 horas extras por ano. A greve é para, no caso de pedirem que eles façam mais horas, possam dizer não”, explica Sequeira.