O nome antes das canções: nasceu um novo supergrupo, Rita e Os Usados de Qualidade
Não tardam a mostrar como soam, mas já sabemos quem são: Rita Redshoes, José Peixoto, Manuel Paulo, João Monge, Norton Daiello, Ruca Rebordão. Um novo supergrupo.
Portugal já tem um historial razoável no que diz respeito a supergrupos, colectivos que juntam solistas ou membros de outros grupos musicais conhecidos em novas formações. Exemplos há vários, desde os Resistência aos Cara de Espelho, passando por Rio Grande, Palma’s Gang, Tais Quais, Cabeças no Ar, Movimento, Companhia do Canto Popular ou os colectivos formados para tributos específicos, como Amália Hoje, Humanos, Rua da Saudade, Muxima ou Zeca Sempre.
Agora anuncia-se mais um, Rita e os Usados de Qualidade, sexteto integrado por Rita Redshoes (cantora e compositora); José Peixoto (Shish, Madredeus, LST) na guitarra; Manuel Paulo (Ala dos Namorados, Rio Grande, Cabeças no Ar, Assobio da Cobra) no piano; Norton Daiello (Couple Coffee, Pedro Jóia Trio) no baixo; Ruca Rebordão (que também integrou os Couple Coffee) na percussão; e João Monge, letrista associado a um grande número de projectos.
Da sonoridade do grupo, só podemos adivinhar o que sugerem os 30 segundos de um teaser publicado no YouTube, a anunciar para 22 de Novembro uma canção intitulada Só penso nisso. Que há-de fazer parte, conforme anunciam os promotores, de “um repertório desenhado para surpreender e tocar o público”, marcando “uma nova fase nas carreiras de todos os envolvidos”.
A isto, há apenas a acrescentar o curto manifesto de apresentação assinado Rita e Os Usados de Qualidade. Assim: “Uma gota, uma semente, uma sílaba, uma nota musical… é assim que se constroem as casas, aquelas por onde ecoa a nossa voz interior. Às vezes apetece-nos suster a respiração para que nada irrompa no silêncio dos nossos segredos, outras vezes apetece-nos abrir a porta aos amigos, aos cães vadios e às árvores que teimam em dar exemplo. Todas as canções são janelas por abrir. Em todas elas, de mão dada, colocamos uma paisagem de esperança, de loucura, de amor e, por vezes, até da dor que momentaneamente nos abriga. Vale tudo menos nada receber porque nunca se aprendeu a dar. Uma gota, uma semente, uma sílaba, uma nota musical… Já são horas, está na hora de ir para casa.” Em Novembro, prometem, haverá mais.