Obras de Hélia Correia, Germano Almeida e Nuno Júdice estão na final do Oceanos

O júri do prémio escolheu cinco finalistas na categoria prosa e cinco na categoria poesia. Os dois vencedores do prémio serão divulgados a 5 de Dezembro.

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Hélia Correia está entre os finalistas do Oceanos - Prémio de Literatura em Língua Portuguesa Nuno Ferreira Santos
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A escritora portuguesa Hélia Correia e o poeta Nuno Júdice (1949-2024), assim como os cabo-verdianos Germano Almeida e José Luiz Tavares, bem como o autor moçambicano Álvaro Taruma, estão entre os dez finalistas do Oceanos - Prémio de Literatura em Língua Portuguesa, realizado no Brasil.

A lista conta ainda com os brasileiros Airton Souza, João Silvério Trevisan, Micheliny Verunschk, Juliana Krapp e Rodrigo Lobo Damasceno, escolhidos entre os 60 semifinalistas, 30 de prosa e 30 de poesia, seleccionados entre 2619 obras inscritas.

O júri do prémio escolheu cinco finalistas na categoria prosa e cinco na categoria poesia.

Na categoria prosa, as obras seleccionadas foram Certas Raízes, da autora portuguesa Hélia Correia, Os Infortúnios de um Governador nos Trópicos, de Germano Almeida, Caminhando com os Mortos, de Micheliny Verunschk, Outono de Carne Estranha, de Airton Souza e Meu Irmão, eu Mesmo, de João Silvério Trevisan.

Em poesia, as obras finalistas foram Uma Colheita de Silêncios, do português Nuno Júdice, Criação do Fogo, de Álvaro Taruma, Limalha, de Rodrigo Lobo Damasceno, Perder o Pio a Emendar a Morte, de José Luiz Tavares e Uma Volta pela Lagoa, de Juliana Krapp.

Os organizadores do Oceanos frisaram, em comunicado, que "essa etapa do Oceanos evidencia, assim, o carácter plural e internacional do prémio. Além desse alcance, revela-se também um rico leque temático e uma notória abrangência estilística".

Sobre as obras, os seleccionadores destacaram que os romances contemplam épocas distintas, situando-se tanto num passado histórico mais remoto como o século XIX - livro do cabo-verdiano Germano Almeida -, quanto no mais recente, como a mineração na Serra Pelada, na década de 1980 - livro de Airton de Souza.

Os romances retratam também tragédias sociais, como faz o livro de Micheliny Verunschk, e dramas pessoais e existenciais, como ocorre no romance autobiográfico de João Silvério Trevisan.

Na poesia, os organizadores citaram "a transcendência e a investigação dos mistérios da poesia nos poemas de Nuno Júdice, ao lado do olhar para uma realidade concreta, injusta e opressora nos livros de Álvaro Taruma, José Luiz Tavares e Rodrigo Lobo Damasceno".

Os dois vencedores serão divulgados a 5 de Dezembro e os autores distinguidos receberão um prémio monetário total de 300 mil reais (48,2 mil euros), montante dividido em 150 mil reais (24,1 mil euros) para cada um.

O Oceanos é realizado por via da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura do Brasil, e conta com o patrocínio do Banco Itaú e da Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas de Portugal, com o apoio do Itaú Cultural, do Ministério da Cultura e do Turismo de Moçambique, do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde e o apoio institucional da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).