Um Café e Um Par de Sapatos Novos: os meninos sem lágrima
Da Albânia, chega-nos um melodrama clássico de doença terminal que se recusa a ceder à lágrima e se refugia numa secura bem-vinda, mas demasiado distanciada.
Sem ser um grande filme, e reconhecendo nele até alguns dos tiques do filme “formatado para festival” que parecem guiar muito do cinema europeu contemporâneo (é até o tipo de obra que costumamos ver nos concursos do IndieLisboa), Um Café e Um Par de Sapatos Novos (que apenas chega ao nosso país por ser uma co-produção portuguesa) destaca-se pela simplicidade e concentração com que aborda o seu tema. Não perde tempo com o que é supérfluo, sabe desde o início o que quer contar e como o quer contar: quando tantos filmes se parecem dispersar sem sentido, é refrescante ver um que não se desvia um milímetro da sua abordagem.
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