Um violino para ouvir o que nunca ouvimos

Um concerto corajoso de André Gaio Pereira, que tem mostrado esta obra magnífica em muitos lugares. No centenário de Luigi Nono, que em Portugal foi (demasiado) discretamente assinalado.

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André Gaio Pereira já levou esta obra de Luigi Nono a vários pontos do país JORGE CARMONA/GULBENKIAN MÚSICA
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“Caminhante, não há caminho,/ faz-se caminho ao andar”. André Gaio Pereira tem 30 anos. É um violinista de primeira água, e tem ainda muito para caminhar. Nos famosos versos do poeta espanhol Antonio Machado encontramos um dos motes que acompanharam Luigi Nono (1924-1990) nos seus últimos anos de trabalho. Várias composições suas da década de 1980 têm essa marca e esse sentido. A marca da invenção incessante, do caminho sempre a descobrir, e o sentido das infinitas possibilidades abertas da vida. O compositor italiano falava dos “infiniti possibili” e procurava criar obras em que isso estivesse presente, nos modos de as conceber e escrever, mas também de tocar e de ouvir.

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