Instituto de ensino superior que chumbou na avaliação aguarda orientações do Governo

Esta é uma das cinco instituições de ensino superior que chumbaram na avaliação da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) e que, no total, abrangem cerca de 2500 alunos.

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João Guerreiro é o presidente da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) Miguel Manso
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A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) não acreditou o Instituto Superior de Administração e Línguas da Madeira (ISAL), indicou este domingo o estabelecimento de ensino, referindo que aguarda orientações para definição dos próximos passos.

"Neste momento, aguardamos o contacto da Direcção-Geral do Ensino Superior para definição dos próximos passos do ISAL, não sabendo até ao momento quais as orientações do ministério da tutela. Sem estas orientações, não podemos acrescentar mais informações", lê-se numa nota enviada pela instituição às redacções.

Segundo revelou o Jornal de Notícias na edição de sábado, objecto de não-acreditação foram também o Instituto Superior Miguel Torga (ISMT), o Instituto Superior de Serviço Social do Porto (ISSSP), o Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares (ISEIT) de Almada e a Escola Superior de Actividades Imobiliárias (ESAI). Àquele jornal, os três primeiros revelaram já ter avançado para os tribunais. A palavra final cabe, contudo, ao Ministério da Educação.

Na sequência do processo de avaliação institucional desenvolvido pela A3ES, o Instituto Superior de Administração e Línguas da Madeira não foi acreditado, tendo recorrido da decisão. "Agradecemos a compreensão de todos neste momento difícil, em especial dos alunos do ISAL", pode ainda ler-se no comunicado desta instituição, que garante, no entanto, que "o presente ano lectivo irá decorrer com normalidade até ao final" e que "será acautelada a passagem dos alunos para outras instituições".

O conselho de administração da agência de acreditação, liderada por João Guerreiro, informou o ISAL, em 17 de Outubro, da não-reversão da sua decisão, que, segundo o JN, decorre da avaliação que aquela agência faz de seis em seis anos às instituições de ensino superior (IES).

De um total de 97 instituições avaliadas, a A3ES já divulgou, na sua página na Internet, os resultados de 91. Deste universo, 32 receberam acreditação máxima, por seis anos e sem condições, 69% das quais públicas. Com acreditação condicional encontram-se 54 (11 públicas). As instituições agora vetadas contabilizam, no seu conjunto, perto de 2500 alunos.

Entretanto, o PSD-Madeira anunciou que vai pedir a audição, no Parlamento da Madeira, da direcção e órgãos de gestão do ISAL, depois de a instituição não ter sido acreditada.

"É com consternação e preocupação que os sociais-democratas encaram esta situação, considerando de elementar preponderância o esclarecimento de diversas questões que conduziram a este resultado", salienta o PSD no comunicado em que anuncia o pedido de audição dos órgãos do ISAL. O partido refere que a maioria dos alunos do instituto "é madeirense e vê, agora, em risco a frequência dos seus estudos e a qualidade dos seus diplomas", reforçando que "urge, por isso, perceber que mecanismos de salvaguarda destes discentes irá a instituição preconizar".

Texto actualizado às 16h22 para incluir a posição do PSD-Madeira