“Os homens gritam: — São as bruxas”

Em pleno século XXI ainda existem mulheres assassinadas debaixo de acusação de bruxaria.

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Há mais de uma semana que o Pedro e o João me pediam que decorasse a casa para o Halloween e ontem, finalmente, cedi. Depois de chegarem da escola, atirámo-nos à abóbora que escolhi no supermercado e tratámos de lhe esculpir um rosto assustador. Menos assustador do que vai ficar quando estiver repleta de bolor porque, obviamente, não há abóbora que resista tantos dias, mas os miúdos ficaram contentes e isso, no fim de contas, é sempre o que mais importa. Aliás, antes de ser mãe, o Halloween tinha importância zero na minha vida. Tirando meia dúzia de trabalhos escolares na disciplina de Inglês, nunca me lembro de perder tempo com tal data. Mas desde que eles nasceram, mais especificamente desde que entraram para o pré-escolar, que começámos a celebrar a noite mais assustadora do ano. A razão? Fá-los felizes. Eles adoram esta espécie de Carnaval dos horrores, a brincadeira da “doçura ou travessura” e o jantar “assustador” que todos os anos me esforço por organizar.

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