Com mais casas disponíveis, preços de venda e rendas continuam a bater recordes

As estratégias para a habitação desenhadas pelo actual e pelo anterior governos são opostas em vários aspectos, mas coincidentes no principal: ambas continuam a falhar em travar a escalada dos preços.

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A construção de mais casas é a principal aposta do actual Governo para resolver a crise habitacional Rui Gaudêncio
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É uma das máximas do liberalismo económico: quando a oferta de um produto ou serviço aumenta, o seu preço diminui. E, com mais ou menos semelhanças nas estratégias seguidas nos últimos dois anos, antes por um governo socialista, agora por um governo social-democrata, o principal objectivo na resposta à crise habitacional vivida actualmente tem passado, precisamente, pelo aumento significativo da oferta, para fazer baixar os preços. Mas a "mão invisível" do mercado habitacional não tem, até ver, servido esse propósito. Numa altura em que o número de casas disponíveis para venda ou para arrendamento está a aumentar, não houve, até agora, medida governamental ou aumento de oferta que travasse os preços. O crescimento do número de casas disponíveis ainda não chega para responder à procura, argumentam os operadores do sector imobiliário. Falta regulação, defendem os activistas pelo direito à habitação.

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