Azul

As imagens submarinas da expedição ao Gorringe, a mais alta montanha da Europa Ocidental

O banco de Gorringe é uma montanha submarina em águas portuguesas que é um refúgio de biodiversidade único, com florestas de algas, jardins de corais e maternidade de várias espécies. 

Os mergulhos submarinos foram filmados, para produzir um documentário sobre o Gorringe Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
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Os mergulhos submarinos foram filmados, para produzir um documentário sobre o Gorringe Jordi Chias/Fundação Oceano Azul

Escondida abaixo da linha do mar, a cerca de 200 km de distância do Cabo de São Vicente, está o maciço montanhoso mais alto da Europa Ocidental: o banco de Gorringe, que tem 5000 metros de profundidade, mas cujos picos chegam até cerca de 50 metros da superfície. Ali há condições extraordinárias para a vida e uma biodiversidade enorme, que só agora se começa a conhecer. 

De raias grávidas a florestas de algas, o azul vívido é o fundo permanente em todas as imagens submarinas da expedição científica que a Fundação Oceano Azul promoveu, juntamente com outras entidades, durante três semanas, em Setembro, ao Gorringe. Levou 28 cientistas, portugueses e estrangeiros, para recolher dados que permitam conhecer melhor aquele oásis subaquático e traçar modelos de gestão daquela que é uma área marinha protegida e sítio da Rede Natura 2000, no histórico veleiro Santa Maria Manuela.

“Esta é a maior montanha da Europa Ocidental, e fica aqui no nosso quintal", disse Emanuel Gonçalves, administrador da Fundação Oceano Azul e responsável científico da missão.

Há uma fauna abundante de peixes, mas os predadores de topo estão em falta: não se viram sinais de tubarões, o que deve ser provocado por pesca excessiva e ilegal
Há uma fauna abundante de peixes, mas os predadores de topo estão em falta: não se viram sinais de tubarões, o que deve ser provocado por pesca excessiva e ilegal Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
As algas castanhas, ou laminárias, são uma presença constante no topo dos cumes do Gorringe
As algas castanhas, ou laminárias, são uma presença constante no topo dos cumes do Gorringe Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
Uma das grandes descobertas da expedição foi a de um grande número de raias: todas fêmeas, e todas grávidas
Uma das grandes descobertas da expedição foi a de um grande número de raias: todas fêmeas, e todas grávidas Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
As florestas de algas servem de refúgio para inúmeras outras formas de vida no Gorringe
As florestas de algas servem de refúgio para inúmeras outras formas de vida no Gorringe Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
O pico dos cumes do Gorringe vem até cerca de 40 metros da superfície, o que permite a existência de organismos que dependem da fotossíntese até mais fundo do que nas zonas costeiras
O pico dos cumes do Gorringe vem até cerca de 40 metros da superfície, o que permite a existência de organismos que dependem da fotossíntese até mais fundo do que nas zonas costeiras Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
Os jardins de corais são outra das características da biodiversidade do Gorringe
Os jardins de corais são outra das características da biodiversidade do Gorringe Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
Uma dança de um cardume
Uma dança de um cardume Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
Os mergulhadores e cientistas encontraram muitos lírios no Gorringe
Os mergulhadores e cientistas encontraram muitos lírios no Gorringe Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
Porque é que as raias grávidas estão no Gorringe? Os cientistas ainda não sabem, mas a sua presença indicia que este local será uma maternidade para a espécie
Porque é que as raias grávidas estão no Gorringe? Os cientistas ainda não sabem, mas a sua presença indicia que este local será uma maternidade para a espécie Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
A expedição científica usou equipamento para interagir com a fauna submarina
A expedição científica usou equipamento para interagir com a fauna submarina Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
Os mergulhadores recolheram amostras de forma sistemática de tudo o que encontravam, em zonas pré-determinadas
Os mergulhadores recolheram amostras de forma sistemática de tudo o que encontravam, em zonas pré-determinadas Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
Não se conhecia outro caso de aglomeração de tantas raias eléctricas — ou tremelgas, como tambem são conhecidas
Não se conhecia outro caso de aglomeração de tantas raias eléctricas — ou tremelgas, como tambem são conhecidas Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
Compreender o que atrai as raias ao Gorringe é um dos principais trabalhos dos cientistas
Compreender o que atrai as raias ao Gorringe é um dos principais trabalhos dos cientistas Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
As algas são um pilar do ecossistema do Gorringe
As algas são um pilar do ecossistema do Gorringe Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
Em certos locais, o Gorringe parecia uma explosão de cores numa pintura
Em certos locais, o Gorringe parecia uma explosão de cores numa pintura Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
Uma estrela do mar, apanhada em flagrante
Uma estrela do mar, apanhada em flagrante Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
Mergulhadores a recolher amostras. Para subirem de regresso ao bote, agarravam-se a um cabo
Mergulhadores a recolher amostras. Para subirem de regresso ao bote, agarravam-se a um cabo Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
Peixes e algas numa encosta do Gorringe
Peixes e algas numa encosta do Gorringe Jordi Chias/Fundação Oceano Azul
Os cientistas passaram três semanas a trabalhar a bordo do ex-bacalhoeiro <i>Santa Maria Manuela</i>
Os cientistas passaram três semanas a trabalhar a bordo do ex-bacalhoeiro Santa Maria Manuela Jordi Chias/Fundação Oceano Azul