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Greve de funcionários públicos fecha atendimentos na AIMA
Pelo menos a Loja da AIMA do Porto está fechada. A greve é para os funcionários públicos participarem de manifestação em Lisboa pelo aumento de salários e aposentadorias e valorização de carreiras.
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Quem tinha marcado um atendimento na loja da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) na Loja do Cidadão do Cacém - região de Lisboa - esta sexta-feira, 25/10, não conseguiu resolver sua situação. A porta estava fechada e havia uma folha de papel com uma mensagem impressa: "Por motivos de greve da Loja do Cidadão do Cacém, a Loja da AIMA não pode abrir, pelo que os cidadãos serão reagendados nos próximos dias via email".
A situação era semelhante na Loja da AIMA no Porto, que anunciava constrangimentos no atendimento. Em Vila Real de Trás-os-Montes, o atendimento corria normalmente. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Ilhas, em Lisboa o funcionamento apenas poderia ser interrompido na parte da tarde.
Segundo Artur Sequeira, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, não há uma contabilização de quantos funcionários e que lojas da AIMA estão em greve. "Como é uma greve para os funcionários participarem de uma manifestação, nós não realizamos este levantamento", explica.
O objetivo da greve é dar condições para os funcionários públicos participarem da manifestação prevista para começar às 15 horas na Praça do Marquês de Pombal, em Lisboa, seguindo depois em passeata até a Assembleia da República. Os trabalhadores reivindicam aumento de salários e aposentadorias, valorização de carreiras e o reforço dos serviços públicos.
Entre as justificativas para o movimento apresentadas no manifesto inclui-se que os funcionários públicos portugueses recebem em média metade do que ganham os de outros países da União Europeia, que desde 2009 perderam o equivalente a três salários por ano e que para um aumento de 150 euros (R$ 900,00) por trabalhador seria apenas necessários 4,3% do que é gasto com aquisição de serviços pelo Estado.
Questionada pelo PÚBLICO Brasil, a assessoria da AIMA não respondeu. Foram feitas quatro perguntas: Quantas lojas foram afetadas pelo movimento? Qual o número de atendimentos que foram afetados ou postergados? Se existe um plano de contingência para essa situação? E quando as pessoas que tinham agendamento marcado para esta sexta-feira serão atendidas?