Endividamento das famílias acelera desde Janeiro para 157 mil milhões

Maior recurso a crédito à habitação ajuda a explicar aumento de três mil milhões de euros na dívida das famílias face a Agosto de 2023.

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Compra de casa com recurso a crédito ajuda a explicar aumento do endividamento das famílias Manuel Roberto
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O endividamento do sector não financeiro, onde se incluem as administrações públicas, empresas privadas e particulares, aumentou 1,3 mil milhões de euros em Agosto, para 810,8 mil milhões de euros, revelou esta quarta-feira o Banco de Portugal (BdP).

O maior endividamento veio do sector público, mais mil milhões de euros, mas as famílias deram um forte contributo, com um acréscimo de 700 milhões de euros, face ao mês anterior, para 157.067 milhões de euros.

“O endividamento do sector privado aumentou 0,3 mil milhões de euros [300 milhões de euros], em resultado do incremento do endividamento dos particulares, de 0,7 mil milhões de euros [700 milhões de euros], maioritariamente para finalidade de habitação”, refere o BdP em comunicado.

No caso das famílias, o endividamento cresce em cadeia há oito meses, situando-se no valor mais elevados de uma década, e aumentou 2% em termos homólogos (153.555 milhões de euros em Agosto de 2023).

O endividamento das empresas privadas decresceu em 300 milhões de euros, “sobretudo junto do sector financeiro, sob a forma de empréstimos”, refere o comunicado. Face a igual período do ano passado, o endividamento das famílias reduziu-se em 0,7%, para 294.593 milhões de euros.

No caso do endividamento do sector público, o supervisor dá conta que “o acréscimo traduziu-se sobretudo no aumento das responsabilidades, em depósitos do Tesouro, junto das administrações públicas (mais 2,0 mil milhões de euros)”. Em sentido contrário, “a venda de títulos de dívida portuguesa, na posse de não residentes, a sectores residentes contribuiu para a redução do endividamento do sector público junto do exterior (-1,0 mil milhões de euros)”.

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