Ataque israelita mata duas pessoas em Damasco, na Síria

Síria relata dois civis mortos e três feridos por Israel. Porta-voz militar israelita diz que uma das vítimas era líder do ramo financeiro do Hezbollah.

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Israel reivindicou o ataque e afirma que uma das vítimas mortais era um líder do ramo financeiro do Hezbollah EPA/STR
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Um ataque israelita a um bairro de Damasco, capital da Síria, provocou esta segunda-feira, 21 de Outubro, dois mortos e três feridos, avançou o Ministério da Defesa sírio.

“Por volta das 17h05 (locais, 15h05 em Lisboa), o inimigo israelita realizou um ataque aéreo contra um carro civil no bairro residencial de Mazzeh, em Damasco, matando dois civis e ferindo três”, adiantou o ministério.

Enquanto a Síria relata a morte de civis, Israel reivindicou o ataque e afirma que uma das vítimas mortais era um líder do ramo financeiro do Hezbollah, responsável pela transferência de fundos do Irão para o movimento libanês.

"Continuaremos a combater o Hezbollah na Síria e em todo o lado", disse o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Daniel Hagari, em declarações transmitidas pela televisão israelita e citadas pela Reuters. Hagari não nomeou o alegado responsável do Hezbollah e o movimento ainda não reagiu às alegações.

Nas últimas semanas, o bairro nobre de Mazzeh, onde fica a sede das Nações Unidas no país, além de várias embaixadas, tem estado debaixo de fogo israelita. Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), este é já o quarto ataque das IDF ao bairro nas últimas três semanas. No total, Israel matou em menos de um mês 27 pessoas na Síria, pelo menos.

"Uma explosão abalou o bairro de Mazzeh, em Damasco, na sequência de um ataque a um carro perto do edifício do Ministério da Informação da Síria", informou o OSDH.

Segundo esta organização não-governamental (ONG), com sede no Reino Unido e uma vasta rede de colaboradores no terreno, o ataque foi conduzido por Israel e realizado “com um míssil disparado por um drone”.

Apesar de a violência israelita na região se ter intensificado depois de 7 de Outubro de 2023, a Síria já era um alvo frequente das IDF, que alegavam ter na mira depósitos de armamento ou membros do movimento xiita libanês Hezbollah, aliado de Damasco, e de outras milícias apoiadas pelo Irão.

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