Dois homens que trabalhavam num centro de estudos são suspeitos de 25 crimes de abuso sexual de crianças
Haverá, pelo menos, dez vítimas, com idades entre os seis e os dez anos. Homens obrigavam crianças “a castigos e humilhações de cariz sexual”.
Os dois homens de 34 e 24 anos, responsáveis por um centro de estudos em Castelo Branco e que foram detidos pela Polícia Judiciária na terça-feira, são suspeitos de mais de duas dezenas de crimes de abuso sexual de crianças e maus tratos contra, pelo menos, dez menores. Depois de ouvidos pelo juiz ficaram em liberdade, com termo de identidade e residência.
Os detidos foram sujeitos a interrogatório judicial na quarta-feira, tendo sido imputados a um dos suspeitos 20 crimes de abuso sexual de crianças e quatro de maus tratos. O outro detido é suspeito da prática de cinco crimes de abuso sexual de crianças e dois de maus tratos.
Esta informação foi revelada na sexta-feira num comunicado do próprio Tribunal Judicial da Comarca de Castelo Branco, no qual afirma que ambos os arguidos prestaram declarações, após as quais o tribunal considerou estarem “fortemente indiciados os imputados factos”.
O tribunal decidiu manter os suspeitos em liberdade, com termo de identidade e residência. Foram ainda proibidos de contactar entre si e com as "crianças que frequentaram a entidade em que indiciariamente foram praticados os factos, nos anos lectivos de 2023/2024 e de 2024/2025".
Os suspeitos não podem também contactar com possíveis testemunhas no processo nem permanecerem a menos de 100 metros do centro de estudos, das escolas e das casas das crianças envolvidas.
De acordo com a Polícia Judiciária, a investigação iniciou-se em Junho, depois de esta polícia ter recebido uma denúncia de um pedopsiquiatra que acompanhava uma das vítimas. "Os dois homens, de 34 e 24 anos, obrigavam as crianças, com idades compreendidas entre os seis e os dez anos, a castigos e humilhações de cariz sexual", informou ainda esta polícia.
Foram realizadas buscas ao centro de estudos, tendo sido apreendidos elementos com interesse probatório. Segundo informou o tribunal, o processo encontra-se em segredo de justiça e, nesta fase, não serão prestadas mais informações.