Presidente argentino chama “político sinistro” a ex-ministro da Saúde, que morreu na sexta-feira
“Foi cúmplice e responsável pela quarentena mais longa do mundo”, disse Javier Milei, a quem o ex-chefe de Gabinete lembrou que ele se protegeu com as vacinas conseguidas por Ginés González García.
O Presidente da Argentina, Javier Milei, dedicou na sexta-feira palavras duras à memória do antigo ministro da Saúde Ginés González García, falecido devido a um cancro, que o Presidente descreveu como “um dos políticos mais sinistros” da história do país pelo seu trabalho durante a pandemia do coronavírus.
“Foi cúmplice e responsável pela quarentena mais longa do mundo. A sua incompetência custou a vida a mais de 100.000 argentinos, para além da questão obscura dos testes e da vacina VIP”, afirmou Milei numa mensagem publicada na sua conta da rede social X.
Milei reproduziu a mensagem publicada pelo pai de Solange Musse, de 35 anos, que morreu de cancro em Agosto de 2020, no auge da pandemia. O pai, Paulo Musse, não pôde viajar para despedir-se dela porque as autoridades o impediram de viajar.
Dez dias após a morte de Solange, o então Presidente argentino, Alberto Fernández, emitiu um decreto permitindo o acompanhamento familiar dos doentes terminais com coronavírus ou qualquer doença agravada pela epidemia.
Na mesma rede social, o ex-ministro de Defesa e ex-chefe de Gabinete, Agustín Rossi, respondeu ao comentário publicando uma fotografia de Milei sendo vacinado com uma mentira dura: “Mas, tu, vacinaste-te com as vacinas que Ginés geriu. Pouco de leão tens, hiena necrófaga.”
Ginés González García tinha 79 anos e estava internado há alguns dias numa unidade de saúde. “Com muita tristeza hoje despedimo-nos de um homem distinto, cuja vida e o legado marcaram um antes e um depois nas nossas vidas”, escreveu a família nas redes sociais.