Ataviados com as típicas camisas e calças às riscas, faixas à cintura, chapéus largos, sapatos de corda e foicinha em punho, o grupo avança de forma temerosa e desordenada até começar a enterrar os pés na lama. Alguns depressa se dobram e começam a ceifar manadas de cereal, mas grande parte não acerta sequer com o movimento e em vez de cortar acabam antes por arrancar as plantas pelo pé. Tanto faz. O objectivo é apenas o de proporcionar as indispensáveis imagens para os fotógrafos e câmaras de televisão e depressa o movimento das foicinhas é substituído pelos microfones em riste à procura de registarem a algazarra e os comentários do momento.
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