PPE pede a Borrell para reconhecer Edmundo González como Presidente da Venezuela

O Partido Popular Europeu pressionou o alto representante da UE para a Política Externa e Segurança a reconhecer o candidato da oposição como o vencedor.

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Borell pressionado pelo centro-direita europeu OLIVIER MATTHYS / EPA
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O Partido Popular Europeu (PPE), partido europeu do centro-direita, pediu esta quarta-feira ao alto representante para a Política Externa e Segurança da União Europeia, Josep Borrell, para que reconheça Edmundo González, candidato da oposição venezuelana, como o verdadeiro vencedor das eleições presidenciais na Venezuela.

“Tendo sido tão inequívoco sobre quem ganhou e quem perdeu as eleições, instamos Vossa Excelência a dar o passo lógico e necessário de reconhecer expressamente Edmundo González Urrutia como o legítimo Presidente eleito da Venezuela”, pediram os 36 signatários da carta, entre eles os portugueses Sebastião Bugalho, Lídia Pereira, Paulo Cunha (eurodeputados do PSD) e Ana Pedro (eurodeputada do CDS).

O pedido surge depois da resolução do Parlamento Europeu, adoptada no passado dia 19 de Setembro, em que a maioria do hemiciclo votou favoravelmente.

O PPE, que votou a favor do reconhecimento no Parlamento, instou Borrell a “desenvolver todos os esforços para garantir o respeito da democracia venezuelana e da vontade dos eleitores, tal como comprovado pelos resultados eleitorais apresentados e verificados de forma independente”.

“Se sabemos quem perdeu e se reconhecemos quem ganhou uma eleição presidencial, devemos dar ao vencedor o nome que lhe é devido: Presidente eleito”, sublinhou o grupo.

O reconhecimento do alto representante já tinha sido subentendido, numa declaração emitida pelo próprio em Setembro.

“Edmundo González parece ser o vencedor das eleições presidenciais, por uma larga maioria, de acordo com as cópias dos registos eleitorais disponíveis ao público”, afirmou então Borrell, sobre o candidato agora exilado em Espanha.

“A UE insiste em que as autoridades venezuelanas ponham termo à repressão, às detenções arbitrárias e ao assédio contra membros da oposição e da sociedade civil, bem como à libertação de todos os presos políticos”, disse então Borrell.

No mesmo sentido, o PPE afirma que “à luz dos preocupantes relatos de aumento da opressão desde que a derrota de Maduro foi reconhecida internacionalmente, a União Europeia deve estar ao lado daqueles que - numa circunstância tão difícil - não desistem dos seus direitos e liberdades cívicas” e condenam “o padrão sistemático de violações dos direitos humanos perpetrados contra o povo venezuelano”.

“Para pôr termo à persistente crise humanitária e socioeconómica perpetrada pelo regime de Maduro, a União Europeia e a comunidade internacional devem envidar todos os esforços para assegurar uma transição pacífica, de modo a que o presidente legítimo e democraticamente eleito possa tomar posse em 10 de Janeiro de 2025, em conformidade com a Constituição venezuelana”, instou ainda o PPE, na declaração.

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