Megalopolis, A História de Trump e outras estreias para esta semana

A mais recente obra de Francis Ford Coppola, um filme sobre Trump e outro sobre uma heroína do Holocausto são três bons motivos para uma ida ao cinema. Mas existem mais.

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Megalopolis
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The Apprentice - A História de Trump
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O Voto de Irena
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Sem Coração
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Casa de Repouso - As Férias
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O projecto custou 120 milhões de dólares, que o próprio Francis Ford Coppola (leia a entrevista do Ípsilon com o realizador) financiou perante as sucessivas rejeições dos estúdios, depois de ter vendido uma parte das suas vinhas. Dura duas horas e 13 minutos (sem os créditos) e desvela-se como um épico: o conflito, numa Nova Iorque destruída, entre Cesar Catilina, um arquitecto individualista, e o corrupto Franklyn Cicero, o presidente da câmara de Nova Iorque. Ambos lutam pela reconstrução da cidade: de um lado, o idealismo e a utopia; do outro, a corrupção.

Não é por acaso que, através dos nomes, a queda de Nova Iorque surge associada à queda do Império Romano. O filme é então uma fábula sobre o narcisismo e a ambição, sobre a vertigem que se apodera do espírito humano.

Apresentado no Festival de Cinema de Cannes (onde Coppola arrecadou a Palma de Ouro de 1979 com Apocalypse Now), Megalopolis conta com elenco de luxo, em que se incluem Adam Driver, Giancarlo Esposito, Dustin Hoffman, Shia LaBeouf, Laurence Fishburne, Jon Voight, Nathalie Emmanuel ou Talia Shire (irmã do realizador). Vasco Câmara

Críticas, salas e horários

Nova Iorque, década de 1970. Um jovem chamado Donald J. Trump – filho mais novo de Fred Trump, um self-made man que fez fortuna no ramo da construção civil – tenta de todas as formas provar o seu valor criando os seus negócios na área do mercado imobiliário.

Nesse percurso, vai cruzar-se com Roy Cohn, um advogado e facilitador político que fez carreira ao colaborar com o senador Joseph McCarthy (1908-1957) durante a Caça às Bruxas. Cohn, conhecido pela sua ambição, manipulação e código de honra duvidoso, vai revelar-se crucial no trajecto e nas formas de actuação de Trump nas várias dimensões da sua vida.

Apresentada no Festival de Cinema de Cannes, esta biografia estreou-se nos cinemas norte-americanos a 11 de Outubro de 2024, a menos de um mês das eleições em que Trump concorre pela segunda vez ao cargo de Presidente dos EUA.

Realizado por Ali Abbasi – também responsável por Na Fronteira (2018) e por Holy Spider (2022) –, e escrito por Gabriel Sherman, conta com o actor Sebastian Stan como Donald Trump, Jeremy Strong como Cohn (1927-1986) e Maria Bakalova como Ivana Zelníčková (1949-2022), a mulher com quem Trump esteve casado entre os anos de 1977 e 1990.

O The Apprentice referido no título, é uma referência ao reality show criado por Mark Burnett, de que Trump foi produtor e apresentador entre 2004 e 2015.

Críticas, salas e horários

Irena Gut era uma estudante de enfermagem polaca que, durante a invasão do seu país pelas tropas nazis, foi forçada a trabalhar como empregada doméstica de Eduard Rügemer (Dougray Scott), um general alemão.

Chocada com as atrocidades que viu acontecer à sua volta, decidiu ajudar um grupo de judeus prestes a serem enviados para um campo de concentração, abrigando-os no lugar mais improvável que encontrou: a cave da própria casa de Rügemer.

Estreado no Festival de Cinema de Toronto (Canadá), este drama de guerra tem por base a verdadeira história de Irene Gut Opdyke, que resolveu tornar pública em 1975, após ter ouvido um discurso negacionista na televisão.

Num esforço de chamar a atenção para os horrores que testemunhou na juventude, Irene começou a dar palestras sobre o Holocausto e, em 1999, publicou In My Hands: Memories of a Holocaust Rescuer, um livro de memórias onde contou a sua experiência pessoal durante o conflito e que agora serve de base para este filme. Irene morreu a 17 de Maio de 2003, nos EUA, onde viveu desde o final da guerra. Tinha 81 anos.

Críticas, salas e horários

Verão de 1996, litoral de Alagoas (Brasil). Tamara (Maya de Vicq), de 14 anos, está prestes a deixar a vila onde nasceu e os amigos com quem cresceu, para se mudar para a capital. Um dia, ouve falar de uma rapariga (Eduarda Samara) que os miúdos gostam de atormentar e a quem chamam de Sem Coração devido a uma cicatriz que tem no peito. Quando as duas se cruzam pela primeira vez, Tamara fica fascinada.

Em competição no Festival de Veneza, apresentado na Quinzena dos Cineastas em Cannes e vencedor do Prémio Félix de melhor filme no Festival do Rio de Janeiro e do Prémio do Público no Queer Lisboa, este drama fala sobre a passagem para a vida adulta e a consequente (e inevitável) perda de inocência.

A realização e o argumento são da responsabilidade dos brasileiros Nara Normande e Tião (Animal Político), que partem da curta com o mesmo nome assinada por ambos em 2014.

Críticas, salas e horários

Quando o lar Lino Vartan, um lugar onde órfãos e idosos coabitam e a que se habituaram a chamar de casa, é forçado a fechar portas por razões sanitárias, Milann, o responsável pela instituição, aproveita o convite de uma casa de repouso no sul de França para que lá passem os meses de Verão, algo que lhe dará algum tempo até que a situação se resolva.

Sem consciência das preocupações do gerente, crianças, idosos e funcionários seguem viagem de autocarro rumo ao Bel Azur Club, um lugar muito aprazível situado à beira-mar. Mas tudo se complica quando começam a surgir vários desentendimentos entre os idosos de Bel Azur e os recém-chegados. E o escalar de antipatias mútuas, que inicialmente parecia ser algo ultrapassável, depressa se transforma numa verdadeira guerra.

Com argumento de Élodie Hesme, Thomas Gilou e Kev Adams (que também protagoniza), uma comédia dirigida por Claude Zidi Jr. que continua a história realizada por Thomas Gilou em 2022.

Para além de Adams, Casa de Repouso - As Férias conta novamente com as actuações de Daniel Prévost, Liliane Rovère, Firmine Richard, Marthe Villalonga, assim como de Michel Jonasz e de Jean Reno.

Críticas, salas e horários

Skye Riley, uma estrela pop em ascensão prestes a iniciar uma digressão, vê-se envolvida em situações aterradoras que envolvem uma criatura que apenas ela é capaz de ver e que mantém um sorriso macabro.

Sequela de Sorri (2022), que se baseou na curta Laura Hasn’t Slept, um filme de terror psicológico e sobrenatural novamente assinado por Parker Finn.

Kylie Gallner (que participou no primeiro filme), Rosemarie DeWitt, Naomi Scott, Lukas Gage e Peter Jacobson compõem o elenco.

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