A vergonha deve mudar de lado: da vítima para o agressor

A história de Gisèle Pélicot deixa claro que quem comete o abuso é que deve ser exposto, julgado e responsabilizado.

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Gisèle Pélicot acompanhada pelo filho, David, e advogado Stephane Babonneau, à frente GUILLAUME HORCAJUELO/Reuters
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No tribunal francês, o julgamento de Gisèle Pélicot se tornou um marco na luta feminista. Gisèle, que por uma década sofreu estupro por parte de seu ex-marido e outros 50 homens, tomou uma decisão corajosa: renunciar ao anonimato. Ao tornar pública a sua história, ela não revelou apenas o horror que enfrentou, mas também destacou uma triste realidade que afecta milhares de mulheres diariamente. Gisèle deixou de ser apenas uma vítima de barbárie para se transformar numa heroína feminista, inspirando outras mulheres a romperem o silêncio e exigirem justiça.

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