A visita de Carminho a Steve Albini: “Os géneros nasceram todos com as mesmas ganas”

Há um ano, a fadista guardou um dia para visitar o engenheiro de som norte-americano (1962-2024) no seu estúdio. Carminho at Electrical Audio é um preciso documento de um encontro irrepetível.

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Carminho no Electrical Audio, o estúdio de Steve Albini (1962-2024) Simão Pernas
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Não há fado apenas no fado. E não há fado apenas nos parentescos habituais como a morna, os blues, o samba, o tango. Sabemos que há qualquer coisa fadista nalgumas canções de Nick Cave e de Chavela Vargas, de Leonard Cohen e de Tom Waits. Mas Carminho ouvia também qualquer coisa de fado nos universos punk, rock e folk que Steve Albini tantas vezes captava em estúdio. “Há uma atitude que também está lá, presente noutros géneros”, diz a fadista ao Ípsilon, “em que se percebe que a música é uma transversalidade, que os géneros são quase como filhos gémeos paralelos, aparecidos em zonas do mundo distintas, mas que nasceram todos com as mesmas ganas”.

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