Ataque do Hezbollah mata quatro soldados israelitas e fere 60 perto de Haifa
Hezbollah reivindicou a ofensiva, justificando-a como retaliação pelos ataques de Israel a Beirute. O ataque visou uma base militar israelita na cidade de Binyamina.
Quatro soldados israelitas foram mortos este domingo numa ofensiva lançada pelo Hezbollah contra o território vizinho, confirmaram as Forças de Defesa de Israel.
O ataque visou uma base militar israelita na cidade de Binyamina, perto de Haifa, a cerca de 70 quilómetros da fronteira com o Líbano, e feriu perto de 60 soldados, incluindo sete com gravidade, segundo os serviços de emergência de Israel.
Em comunicado, o movimento xiita reivindicou a ofensiva, justificando-a como retaliação pelos ataques de Israel a Beirute, que esta semana provocaram dezenas de vítimas mortais, e dedicou-a a Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah morto por Israel no final de Setembro.
O Hezbollah adiantou mais tarde que o seu alvo principal era a brigada de elite Golani, uma das cinco brigadas de infantaria do Exército israelita.
A ofensiva terá conseguido penetrar o sofisticado sistema de defesa antiaérea de Israel uma vez que foi realizada com recurso a drones, mais difíceis de detectar e interceptar do que mísseis.
O movimento libanês apoiado pelo Irão também lembrou que o ataque deste domingo aconteceu depois de ter avisado por várias vezes que a continuação dos ataques israelitas ao Líbano tornaria Haifa e outras cidades do Norte de Israel em alvos. "Esta é uma pequena amostra do que está guardado para Israel caso decida continuar a sua agressão ao nosso povo", acrescentou o Hezbollah em comunicado.
Só desde 23 de Setembro deste ano, foram mortas mais de 1400 pessoas no Líbano e feridas mais de 3800, vítimas de ataques israelitas. Do lado de Israel, o Hezbollah matou cerca de 60 pessoas, sendo quase metade das vítimas mortais soldados.
Também este domingo, o Exército israelita matou pelo menos 22 pessoas num ataque ao campo de refugiados de Nuseirat, no Centro da Faixa de Gaza, e feriu outras 80. No Norte do enclave, onde estão cercadas dezenas de milhares de pessoas, alvo de sucessivos ataques e sem acesso a ajuda humanitária, Israel matou mais de 300 palestinianos nos últimos dias.