Bombeiros voluntários da Ajuda protestam contra salários em atraso
Quatro funcionários dos Bombeiros Voluntários da Ajuda têm ordenados em atraso. Direcção diz que ainda esta semana pagará.
Salários em atraso nos Bombeiros Voluntários da Ajuda levaram a um clima de tensão entre a direcção e os funcionários da corporação e três deles deixaram de trabalhar em protesto. Nesta segunda-feira, a CNN Portugal noticiou que bombeiros voluntários estão barricados no quartel para exigir o pagamento dos ordenados. Ao PÚBLICO, o tesoureiro da direcção afirmou que os funcionários “não estão barricados, mas que se recusam a trabalhar” e garante que os salários serão pagos esta semana.
As dificuldades financeiras dos Bombeiros Voluntários da Ajuda foram noticiadas em Setembro. Cristina Santos, vice-presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários, referia à agência Lusa que a corporação tinha dificuldades monetárias, pelo menos, desde o início do ano. Contudo, assinalava, a situação “agudizou-se” nos últimos tempos.
À porta do quartel, a mulher de um dos bombeiros disse à CNN Portugal que cinco dos nove bombeiros da corporação não receberam os salários do último mês. Também referiu que falhou a ajuda financeira de um “benemérito” do Algarve, que tem uma empresa de ambulâncias. Quanto às promessas de que o valor em atraso será pago esta semana, mostrou-se duvidosa: “É a quarta ou quinta promessa.”
Joaquim Monteiro Pinto, tesoureiro da direcção dos Bombeiros Voluntários da Ajuda, referiu ao PÚBLICO que “desde 25 de Setembro” que os funcionários “se recusam a trabalhar”, depois de se aperceberem que haveria atrasos no pagamento dos ordenados. “Não sei o porquê [do protesto desta segunda-feira]. Só não se pagou este mês”, afirmou. Também garantiu que o valor em atraso será transferido para os bombeiros até “ao final desta semana”.
O tesoureiro disse que o valor a pagar é de cerca de 4000 euros e que corresponde ao salário de quatro funcionários, sendo dois deles estagiários. Chegaram a ser cinco os ordenados em atraso, mas Joaquim Monteiro Pinto indicou que já foi pago a um dos bombeiros. Insistindo que os funcionários “não estão barricados”, especificou que são três os que se “recusam a trabalhar”, porque o quarto elemento está de baixa médica, e que duas das funcionárias “dormem durante a semana” no quartel.
A PSP foi chamada ao local, indicou Joaquim Monteiro Pinto.