Dinho começou por ajudar uma prima a fazer meadas. No Pântano do Sul, vila piscatória no Sul da ilha de Santa Catarina, Brasil, os homens viviam da pesca e as mulheres faziam rendas de bilros, numa dicotomia de agulhas que não concebia permissividades. Edivaldo Pedro de Oliveira, Dinho, no entanto, nem por nada se entendia com aquilo de consertar as redes e ir para o mar. Queria era dançar na música criativa das madeiras a entrelaçar os fios coloridos. “Cansei minha prima até ela aceitar me ensinar”, recorda. Estávamos na década de 1960, tinha Dinho 15 anos. Aprendeu “às escondidas”, “porque homem não podia”, e tornou-se “o primeiro rendeiro de bilros da ilha”.
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