Ao passar a porta daquele velho edifício da Rua 1.º de Dezembro há uma espécie de regresso ao passado, cuidadosamente preservado, um misto de adega regional com aquilo que é, na verdade: uma taberna. Por mais que junte pormenores de modernidade e design (as cadeiras ou os candeeiros dão essa nota), é a Covilhã ancestral que ali se espelha, em cada pormenor. E A Laranjinha faz questão de se manter fiel à categoria que a celebrizou no centro da Covilhã, nos anos de 1940, quando José da Cruz Moreira fundou o espaço. Eram outros tempos, aqueles, quando a cidade transpirava de operários em cada fábrica de lanifícios, quando nas tabernas o aconchego aparecia em forma de vinho ao copo, para empurrar a bucha.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.