As armadilhas do Médio Oriente
Masoud Pezeshkian acenou com uma abertura aos Estados Unidos, admitindo a renegociação do dossier nuclear. Mas a escalada em curso tê-lo-á reduzido ao estatuto de “refém dos conservadores”.
Muitos sonham com um “novo Médio Oriente” ou com uma “nova ordem regional”. É uma miragem partilhada pelo Hamas de Yahya Sinwar, pelo Israel de Netanyahu e, neste momento, muito temida pelo Irão de Ali Khamenei. Mudanças “históricas” aconteceram em 1967, quando a Guerra dos Seis Dias alterou radicalmente a relação de forças entre Israel e os Estados árabes. Ou, em 1973, quando a OPEP impôs ao Ocidente um embargo petrolífero que mudou as regras do jogo da energia e teve um pesado efeito sobre as economias ocidentais. Hoje, esse sonho de “mundo novo” surge aliado à sóbria ameaça de nova guerra regional.
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