Lá na terra, as mãos enrugadas e os dedos rijos do senhor Joaquim vão-se entrelaçando com o pau e o vime e só não se fundem porque o sol de quase um século de vida lhe tisnou a tez enquanto a matéria-prima que molda é clarinha como a água. Durante aquela manhã de Verão, o artesão só se levantou um par de vezes da cadeira mais remendada e mais confortável do mundo para, ao seu passo, ir às traseiras mergulhar os braços no tanque e agarrar num punhado de varas demolhadas que trata como se fossem da família.
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