Joker: Loucura a Dois, Que Mulheres Serão Estas e outras estreias para esta semana
Com o regresso do memorável Joker de Joaquin Phoenix às salas de cinema, deixamos-lhe aqui um resumo do que se estreia esta semana.
Desde os eventos relatados em Joker – que valeu a Todd Phillips o Leão de Ouro em Veneza e a Joaquin Phoenix o Óscar de melhor actor – que Arthur Fleck, um comediante desprezado, se encontra internado no hospital psiquiátrico de Arkham, onde aguarda julgamento pelos terríveis crimes que cometeu na cidade de Gotham. Lá, conhece Harleen Quinzel (interpretada por Lady Gaga), uma psicóloga com quem desenvolve uma relação perturbadora.
Mistura de thriller, drama, romance e musical, Joker: Loucura a Dois explora a transformação de Harleen em Harley Quinn e a dinâmica amorosa entre ela e Arthur Fleck que, num momento de raiva descontrolada, se converteu em Joker, o icónico inimigo de Batman.
Com argumento escrito por Phillips, que volta a estar atrás das câmaras, Scott Silver e Bob Kane, esta sequela conta também com a participação de Zazie Beetz, Catherine Keener, Ken Leung, Brendan Gleeson e Steve Coogan, entre outros.
A expressão “folie à deux”, que dá título ao filme, é um termo que descreve um transtorno psiquiátrico em que duas ou mais pessoas partilham os mesmos sintomas psicóticos.
Um programa que integra três curtas premiadas sobre mulheres que, apesar de muito diferentes entre si, partilham as mesmas lutas, sem nunca abandonarem a esperança numa vida melhor.
A primeira, Um Caroço de Abacate, tem assinatura de Ary Zara, é o representante português na corrida aos Óscares na categoria de curtas e arrecadou prémios no Festival Internacional de Curta-Metragem de Clermont-Ferrand (França), no REGARD - Saguenay International Short Film Festival (Canadá), no Festival Internacional de Cinema de Guadalajara (México), no Outfest Los Angeles (EUA) e no português IndieLisboa.
A segunda, com o título As Sacrificadas, tem realização de Aurélie Oliveira Pernet, estreou-se mundialmente no Festival de Curtas Vila do Conde e foi premiada no Porto Femme, no Festival Ibérico de Cinema de Badajoz e no Curt’Arruda.
A terceira, By Flávio, foi seleccionada para competir no Festival de Berlim em 2022 (Berlinale Shorts), venceu o prémio Sophia para melhor curta de ficção e tem Leonor Teles como directora de fotografia e Pedro Cabeleira como realizador — o responsável por Verão Danado, menção especial no Festival de Locarno em 2017.
O centro narrativo deste filme é original: a história de Mar, uma estudante de cinema que está a filmar um documentário sobre casas senhoriais no Norte do país, e que fica encantada, se não mesmo enfeitiçada, por uma certa mansão “fora do tempo”, propriedade do aristocrático Leonardo. Mas é a mansão que a encanta, e quem nela mora, ou a estranheza de tudo o que a rodeia?
Com fotografia de Acácio de Almeida, esta nona longa-metragem de Margarida Gil (Relação Fiel e Verdadeira, Adriana, Paixão ou Mar) esteve em competição no Festival de Berlim e é uma adaptação muito livre do conto A Volta no Parafuso, de Henry James (1843-1916). Os actores Carolina Campanela, Rita Durão, Marcello Urgeghe e Ricardo Aibéo assumem os papéis principais. Jorge Mourinha
Eva Hansen (Sidse Babett Knudsen) é guarda prisional e faz o que pode para ser justa e ajudar os homens que cumprem pena na cadeia onde trabalha. Quando se dá conta de que Mikkel Iversen (Sebastian Bull), um jovem com quem se cruzou no passado, foi levado para a ala de segurança máxima, decide pedir transferência para lá.
Mas os motivos que a levam a querer estar perto de Mikkel, e que não chega a revelar às chefias, vão levá-la a acções que ultrapassam os seus próprios valores de moralidade e de justiça.
Em competição pelo Urso de Ouro no Festival de Cinema de Berlim, um thriller psicológico realizado por Gustav Möller, também responsável pelo filme O Culpado (2019), cuja premissa deu origem a um remake americano pelas mãos de Antoine Fuqua e que teve Jake Gyllenhaal como protagonista.
Adaptação da obra homónima escrita por José Eduardo Agualusa, este drama situado em meados do século XIX reflecte sobre as injustiças da escravatura, ao narrar os eventos ocorridos após o naufrágio de um navio negreiro português durante um trajecto entre Angola e o Brasil.
A luta pela sobrevivência dos poucos que chegaram vivos a uma ilha deserta origina uma alteração dos valores morais e sociais da época – onde existia uma distinção clara entre senhores e escravos, brancos e negros – e que, naquele contexto, deixaram de ter qualquer relevância.
Co-produção entre a brasileira Refinaria Filmes e a portuguesa David & Golias e totalmente filmado a preto e branco, Sobreviventes tem realização de José Barahona (Estive em Lisboa e Lembrei de Você, Alma Clandestina) e esteve em competição na 21.ª edição do IndieLisboa.
Após a morte do rei Carlos IV (1316- 1378), o Sacro Império Romano mergulha no caos e na violência, com Venceslau da Boémia (1205-1253) e Sigismundo da Hungria (1368-1437), filhos do soberano, a lutar pelo trono. Os habitantes dos quatro cantos da Europa enfrentam tempos de guerra, peste e fome quando Jan Žižka, um guerreiro conhecido pela sua coragem e lealdade para com a coroa, é contratado para uma missão que pode restabelecer a tão ansiada paz.
Com Ben Foster, Sophie Lowe, Til Schweiger, Matthew Goode e Michael Caine nos papéis principais, um drama histórico com realização de Petr Jákl, que escreve o argumento com Marek Dobes e Michal Petrus.
Medieval tem por base a história verídica de Jan Žižka (1360-1424), um dos maiores líderes militares da história europeia. Nascido por volta de 1360 em Trocnov, no Reino da Boémia, Žižka ficou famoso pelo seu papel nas Guerras Hussitas, onde desafiou e venceu exércitos poderosos. Falecido muito provavelmente devido à peste, é um dos heróis nacionais da Chéquia.
Sophia (Isabelle Carré) e Xavier (Bernard Campan) estão casados há 25 anos. Certo dia, convidam os vizinhos de cima, um casal mais jovem, composto por Adele (Julia Faure) e Alban (Pablo Pauly), para jantar. Ao longo da noite, estes dois casais vão-se abrindo sobre a sua intimidade, revelando coisas que eles próprios desconheciam.
Assinada por Olivier Ducray e Wilfried Méance, esta comédia dramática francesa é um remake de Sentimental, filme espanhol de 2020 realizado por Cesc Gay, adaptado da sua própria peça.