Portugal Continental tem, neste momento, 107 focos de incêndio activos, mais de cinco mil operacionais a combater as chamadas e várias estradas cortadas as regiões Norte e Centro. Os fogos rurais provocaram a morte de quatro pessoas e deixaram 40 feridas.
Várias regiões do país estão em alerta vermelho pelo menos até esta terça-feira, dia 17 de Setembro, devido ao risco de incêndio e a prioridade, já se sabe, é proteger pessoas e casas das chamas. No entanto, é importante saber como actuar para socorrer os animais de companhia e gado nestas situações.
Não os deixar sozinhos
A primeira coisa a fazer é nunca deixar o animal sozinho. Um cão, gato ou qualquer outra espécie nunca deve estar preso a correntes e, em situações de incêndio, muito menos. A par disto, não é recomendável estarem atados com trelas, em jaulas ou mesmo no interior das casas sem os tutores, uma vez que o fogo pode aproximar-se rapidamente, tornando impossível o resgate.
Um animal próximo de uma área de fogo pode ficar desidratado, com queimaduras e inalar fumo. Além disto, estar preso e sozinho num determinado local numa situação de stress é prejudicial para a sua saúde e bem-estar
Mantê-los hidratados
Tal como as pessoas, os animais devem estar hidratados durante um incêndio. Fazer com que bebam água é o principal, mas colocar-lhes toalhas molhadas sobre o corpo, especialmente na zona das orelhas, barriga e virilhas, que têm menos pêlo, vai ajudá-los a manterem-se frescos.
Apesar da situação, os tutores devem manter a calma para evitar que o animal fique stressado e fuja.
Levá-los ou soltá-los se saírem de casa
Os donos que tiverem de abandonar as casas dada a proximidade das chamas devem colocar o cão ou o gato numa transportadora ou com trela e peitoral antes de os levarem para um local seguro. Para os animais de gado, o melhor a fazer é deixá-los fugir.
Nas situações em que não é possível levar o animal de companhia, é preferível que o soltem. Para cães e gatos, é importante que o dono escreva o seu nome e contacto para reencontrar o animal mais facilmente quando a situação estiver estabilizada. Também foi a pensar nestas situações que o microchip se tornou obrigatório para cães, gatos e furões em Portugal.
Animais em perigo: contactar as autoridades
Contactar as autoridades, como o 112, a GNR e PSP locais e a Protecção Civil, quando não conseguires resgatar o animal é outra das alternativas. Deves fazer o mesmo quando avistares algum em perigo.
Ligar para o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da Guarda Nacional Republicana (SEPNA) através do 808 200 520 é outra das opções. Trata-se de uma linha da GNR responsável pela detecção de incêndios e protecção dos animais.
Se virem outros em perigo podem recorrer ao Programa de Defesa Animal da PSP através do número 217 654 242 e relatar a situação ou pedir ajuda a associações de protecção de animal que actuem nas zonas onde vivem.
E se o animal estiver ferido?
Quando o animal está ferido, e mesmo que seja aparentemente dócil, o mais indicado é pegar nele com uma toalha ou outro tecido. É uma forma de prevenção se o cão ou o gato tentar morder.
O passo seguinte é levar imediatamente o animal à clínica ou hospital veterinário mais próximo. As pessoas nunca devem medicar os animais nem aplicar desinfectantes ou cremes para aliviar as dores sem indicação do médico veterinário.
Durante a viagem ao veterinário devem manter os animais frescos, abrir as janelas do carro ou ligar o ar condicionado e dar-lhe água.