O golo de Samu, o de Akturkoglu e o penálti de Fukui

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Arouca-Sporting

Minuto 16: antes do penálti cometido por Hjulmand sobre Morozau, há fora-de-jogo de Jason, que foi correctamente assinalado.

Minuto 41: ficou um pontapé de penálti por assinalar a favor do Sporting. Trincão, que já vinha em desequilíbrio por toque dado por Loum, acaba por, já dentro da área, cair ao ser empurrado nas costas pela mão esquerda de Fontán, perdendo desta forma a posse de bola e a possibilidade de continuar a jogá-la.

Minuto 61: golo bem anulado aos "leões" por fora-de-jogo. Na construção da jogada, é Nuno Santos que está adiantado (18 cm) em relação ao penúltimo adversário. Correcta a intervenção do VAR neste lance, ao reverter o golo inicialmente validado.

Minuto 67: Hjulmand não faz falta atacante sobre David Simão e a bola cabeceada por Pedro Gonçalves é tocada, embora de forma ligeira, pelo braço esquerdo de Fukui, resvalando de seguida para a perna. O braço paralelo ao solo, fora do plano do corpo e em volumetria extra e não normal para o gesto técnico, levou à intervenção correcta do VAR, depois confirmada pelo próprio árbitro.

Moreirense-Benfica

Minuto 27: o golo do Benfica (Akturkoglu) tem dois momentos de análise. Aos 26m30s, há uma falta clara na entrada por trás de Otamendi no calcanhar de Safira, que o árbitro não sancionou; 24 segundos depois, dá-se o golo, e a questão é saber o porquê de o VAR não poder intervir e reverter e anular o lance. Porque entre a falta e o golo houve uma nova fase de ataque, ou seja, pelo meio três jogadores do Santa Clara tocaram na bola. E relembro que tocar, aliviar, interceptar não anula a fase de ataque, é preciso deter a bola, controlar, ter posse. Se o primeiro jogador apenas se limitou a cortar o esférico, o segundo, sem pressão, sozinho, acabou por, de forma deliberada e com todas as condições, direccionar e executar um passe para o terceiro elemento, que o mandou para a frente. Resumindo: a intervenção dos jogadores de Santa Clara, nomeadamente o segundo, deu origem a uma nova fase de ataque e, com isso, impossibilitou a intervenção VAR para ir buscar a falta cometida sobre Safira. Aplicou-se correctamente o protocolo.

Minuto 70: não há infracção de Bah sobre Gabriel Silva que, ao cair na área, pediu penálti. Para além de o contacto ser lateral e legal - e, portanto, sem falta -, também se iniciou fora da área, o que levaria, em caso de eventual infracção, a assinalar um livre directo (para efeitos do local das faltas, é no início da acção que têm de ser executadas, excepto para o “agarrar”).

FC Porto-Farense

Minuto 45: a entrada de Artur Jorge sobre Galeno foi no limite, e de alto risco. Por ter sido na tentativa de jogar a bola, e sem a intensidade e malícia que caracterizam as infracções mais graves, o cartão amarelo por falta negligente foi a decisão correcta.

Minuto 46: Moreno, na sua área, agarrou e puxou de forma deliberada e ostensiva a camisola de Galeno, infracção passível de penálti, quer pelo acto, quer pela consequência (queda e impossibilidade de continuar com a bola).

Minuto 76: um lance de difícil leitura e intervenção para o árbitro e seu assistente, e que só o VAR através das imagens, ângulos e repetições conseguiria detectar. O golo do FC Porto deveria ter sido anulado por falta atacante, já que, na ocasião, Samu abriu a perna e foi pisar com o seu pé direito o pé direito de Poloni, que caiu e ficou claramente impossibilitado de discutir o lance.

Minuto 82: o gesto que Raul Silva fez (com as mãos na cara, simulou um par de óculos, sugerindo que o assistente é cego) está contemplado nos gestos/acções injuriosos, ofensivos e grosseiros e é passível de cartão vermelho e não de amarelo, como foi mostrado.

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