A Oitava de Mahler aqui tão perto: o mundo dentro de uma sinfonia
A “sinfonia dos mil” enche o palco e esgota a plateia do Centro Cultural de Belém. É a rentrée da Orquestra Sinfónica Portuguesa e do Coro do São Carlos numa temporada fora de portas.
Há muita coisa a acontecer. Na partitura e no palco. “Não consigo dar conta de tudo”, reconhece candidamente o maestro Antonio Pirolli, admoestando a secção de trombones, depois de estes terem falhado uma entrada que não conseguiu sinalizar. Estamos num ensaio com a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) e os oito solistas que este domingo e na próxima terça-feira, juntamente com o Coro do Teatro Nacional de São Carlos, o Coro Sinfónico Lisboa Cantat e o Coro Infanto-Juvenil da Universidade de Lisboa, levarão ao palco do Centro Cultural de Belém, nesta primeira temporada fora de portas devido às obras no teatro de ópera ao Chiado, uma das superlativas obras do cânone sinfónico-coral. Três décadas depois da última interpretação, a OSP regressa à Sinfonia n.º 8 de Mahler, em dois concertos esgotados, naquele que se antevê um dos pontos altos da rentrée musical — se não mesmo de toda a temporada (ainda só parcialmente conhecida). Voltaremos ao ensaio, mas, antes disso, recuemos pouco mais de um século.
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