Ouvida na AR, Lucília Gago ignora questões sobre "campanha orquestrada contra o MP"

A Procuradora-Geral da República revelou, no Parlamento, o registo de mais de 10 mil escutas telefónicas em 2023.

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Lucília Gago foi ouvida esta quarta-feira na Assembleia da República, na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias. A cerca de um mês do fim do seu mandato à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), revelou que em 2023 registaram-se 10.563 intercepções telefónicas em investigações. Um valor muito inferior às 15.441 registadas em 2015, como fez questão de referir.

Questionada sobre a demora dos primeiros interrogatórios judiciais após a detenção de arguidos, fazendo uma alusão ao caso da Madeira em que os arguidos estiveram 21 dias a aguardar a aplicação de uma medida de coacção pelo juiz de instrução criminal, a Procuradora-Geral da República afirmou que o caso foi uma "excepção" à regra.

Apesar das perguntas insistentes sobre a tal "campanha orquestrada contra o Ministério Público" que denunciou, Lucília Gago não pronunciou uma única palavra. 

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