Hospitais pediátricos e alas pediátricas com internamento ganham bibliotecas

Destinados a crianças dos dois aos 12 anos, cada espaço hospitalar terá 30 livros acomodados em estantes que reproduzem casas tradicionais portuguesas. Uma iniciativa do sector social do Pingo Doce.

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O Hospital Pediátrico Dona Estefânia, em Lisboa, é o primeiro a receber 30 livros para crianças dos dois aos 12 anos Catarina Póvoa
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O Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, é um dos primeiros a receber livros para as crianças que ali necessitem de tratamento ou internamento. Outras unidades com internamento infantil em todo o país irão também ganhar pequenas bibliotecas, a que os promotores chamam “bairros de leitura”. Uma forma de assinalar o Dia Internacional da Literacia.

Os livros são todos da chancela Pingo Doce e ficarão expostos e disponíveis em pequenas casas portuguesas, pretendendo aproximar as crianças dos livros, um propósito do eixo social da empresa definido há 15 anos. Já lançaram mais de 500 títulos exclusivos e as vendas ultrapassaram os dois milhões de exemplares.

Filipa Pimentel, directora de sustentabilidade e impacto local desta cadeia de supermercados, afirma na divulgação do projecto: “Conscientes da importância da leitura na infância, é para nós muito gratificante contribuir para que as crianças em contexto hospitalar possam manter os seus hábitos de leitura e tudo de bom que a leitura lhes pode proporcionar. Acreditamos que a recriação destes simbólicos ‘bairros de leitura’ formados pelas bibliotecas em forma de casinhas representará mais do que os livros e as histórias que carregam.”

Aquela responsável espera que a iniciativa seja uma “nova fonte de alegria e companhia para as crianças em internamento”.

A data inicial prevista de implantação do projecto era 1 de Junho, Dia Mundial da Criança, mas foi adiada para outra efeméride, que se assinala neste domingo, 8 de Setembro, Dia Internacional da Literacia.

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Os livros estão acomodados em casas tradicionais portuguesas DR

Celebrado todos os anos nesta data, desde 1967, depois de inicialmente ter sido proclamado pela UNESCO em 1966, “tem como objectivo salientar a importância da literacia para todos — indivíduos, comunidades e sociedades”, lê-se no site da Informação Europeia ao Cidadão (Eurocid).

Além de lembrar que “a literacia é um direito humano fundamental para todos” e que “abre a porta ao exercício de outros direitos humanos, a maiores liberdades e à cidadania global”, a Eurocid dá conta de dados fornecidos pela UNESCO: em 2022, pelo menos um em cada sete adultos com 15 anos ou mais (765 milhões) não possuía competências básicas de literacia.

Sobre os mais novos, informa: “Milhões de crianças estão a lutar para adquirir níveis mínimos de proficiência em leitura, escrita e cálculo, enquanto cerca de 250 milhões de crianças dos seis aos 18 anos não frequentam a escola.”

Livros premiados nos hospitais

Algumas das obras disponíveis nestes “bairros de leitura” receberam o Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce, nomeadamente O Livro Que não Sabia o Que Queria Ser, de Márcio Martins (texto) e de Cláudia H. Abrantes (ilustração), em 2023; e o Avô Minguante, de Daniela Leitão (texto) e de Catarina Silva (ilustração), em 2022.

Na edição deste ano, a primeira em que deixaram de se poder candidatar autores e ilustradores sem obra publicada, foi Catarina Fonseca quem ganhou 25 mil euros, com o texto original Eu e o Segredo do Faraó. O vencedor do concurso para ilustradores será divulgado a 24 de Setembro.

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