Amarante, bela e calorosa
No meio de tantos visitantes, os amarantinos destacam-se. Simpáticos, educados, com a pronúncia do Norte, calma e singela.
O Tâmega, com as suas águas e as árvores espelhadas nelas, mais os seus cisnes a pedais, é essencial, no meio desta cidade bela e calorosa.
A cidade de Amarante!
No meio de tantos visitantes, os amarantinos destacam-se.
Simpáticos, educados, com a pronúncia do Norte, calma e singela.
As ruas estreitas, com as casas de primeiro e segundo andares, que são feitas de pedra rija e escura, apesar de irradiarem luz, com varandins enfeitados com plantas.
As confeitarias decoradas, com muito cuidado e bom gosto, com muito amor, são lindas e brilhantes, cheias de doçaria conventual, como as brisas, os papos de anjo, os foguetes, as lérias e as “ferramentas de S. Gonçalo”, que fazem corar qualquer um.
Todas têm esplanadas/varandas, com vista para o rio.
A pessoa vai lá, fica encantada, fica em paz.
Nesta altura do ano, ouve-se muito falar francês. Pudera! Quem é que não quer sempre voltar?!
Lá no cimo, a Igreja de S. Gonçalo, a seguir à ponte com o mesmo nome, protege e abençoa esta maravilhosa terra, este querido povo.
Bela igreja da gente devota no S. Gonçalo, mais santo do que beato, com o espaço circundante limpo e luminoso.
Bem perto, está o Museu Municipal Amadeu de Souza-Cardoso, com as suas obras fabulosas e cheias de arte, dele e de outros artistas.
Vale a pena visitar também o Mercado Municipal, junto ao rio, com cheiro a fruta e flores e vozes que parecem música, e apreciar a azáfama que acontece.
Apanhei o comboio na estação de Sta. Apolónia, em Lisboa, até à estação de Porto-Campanhã; daqui fui de camioneta até Amarante.
A paragem fica mesmo ao pé do hotel, de onde estou a escrever este texto, mesmo no centro da cidade.
E vou voltar!
Sim, lá para o Inverno, vou voltar.
Rita Sá Alves