Areia
As crianças conhecem bem a intemporalidade destes entrelugares. Correm com canas ao longo do areal como se tivessem regressado ao Paleolítico e sentem-se plenas quando adentram as dunas.
Há uma poética do pisar a areia da praia. Uma pessoa descalça-se e comove-se com ela nas plantas dos pés, cada grão de areia a alapar-se entre os dedos, nos poros da pele, até na raiz do cabelo de crianças experientes na arte do mergulho em dunas. "Chamamos-lhe grão de areia/ E ele a si nem areia nem grão", poetizava Wislawa Szymborska.
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